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Bolsa: Hungria e Alemanha agitam as águas

Semana começa com receios económicos

A semana começou agitada para as principais praças europeias. Nas primeiras horas de negociação prevaleceram as quedas, com os investidores ainda preocupados com a situação da Hungria, cujo governo admitiu na semana passada um cenário de bancarrota.

Durante o dia, tanto o executivo húngaro como o próprio comissário europeu para os Assuntos Económicos vieram deitar água na fervura, dizendo que as situação não estava assim tão mal e que o caso húngaro não era comparável ao grego. Mas não isso que animou os mercados. As praças só viriam a inverter para o verde quando se soube, ao fim da manhã, que as encomendas à indústria alemã subiram inesperadamente em Abril.

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Mesmo assim, foi sol de pouca dura e os receios com a crise orçamental dos países europeus prevaleceram. Os investidores temem que os sucessivos pacotes de austeridade (hoje foi a vez da Alemanha, amanhã será a vez da Hungria) travem a retoma económica da região.

No final do dia, o saldo foi negativo para todos mercados, mas sobretudo para o grego, que continua a ser o mais penalizado. A praça de Atenas caiu quase 6%, ao passo que a de Budapeste, que chegou a deslizar mais de 5%, acabou o dia a cair apenas 0,5%. No resto da Europa, as principais praças acabaram com descidas a rondar 1%.

Nem os EUA escaparam à onda, abrindo em queda. Algumas horas depois, o Dow Jones subia 0,12% e o Nasdaq caia 0,59%.

Lisboa foi acompanhando os altos e baixos da restante a Europa, mas conseguiu fechar com uma queda inferior: 0,39%, com o PSI20 a fixar-se nos 6.947,15 pontos.

No sector financeiro, que tem vindo recorrentemente à berlinda, o BES caiu 0,72% para 3,03 euros e o BPI 0,6% para 1,49 euros. O BCE escapou, com uma subida de 0,33% para 61 cêntimos.

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As telecomunicações voltaram a estar no centro das atenções, numa altura em que se esperam desenvolvimentos do caso PT/Telefónica. A espanhola aumentou a oferta sobre a posição da PT na Vivo, de 5,7 para 6,5 mil milhões de euros, e a administração da PT, que considera a oferta ainda baixa, tem até dia 15 para se pronunciar oficialmente. Se a espanhola quiser rever a oferta deverá fazê-lo até essa data, apesar de os accionistas só votarem a 30 de Junho.

Quem continua a beneficiar com as perspectivas de movimentações no sector são a Sonaem e a Zon, que lideraram os ganhos da praça nesta sessão. A Sonaecom disparou 3,55% para 1,43 euros e a Zon subiu 1,94% para 3,21 euros.

No vermelho, merecem ainda notas a Sonae SGPS, que cedeu 1,61% para 74 cêntimos, e a Galp, que recuou 0,5% para 11,94 euros. No verde, a EDP trepou uns ligeiros 0,08% para 2,49 euros.

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