Arrastado pela Grécia, o mercado da dívida soberana volta a viver dias difíceis. As obrigações do tesouro portuguesas estão esta quinta-feira em queda, o que faz subir o diferencial face à dívida alemã para o nível mais elevado desde o dia 10 de Fevereiro.
A taxa de rentabilidade das obrigações do tesouro portuguesas sobe assim 11 pontos base para 4,36%, numa sessão em que a yield da dívida grega, com a mesma maturidade, dispara 32 pontos base. O spread da dívida portuguesa face à alemã subiu esta quinta-feira para 130 pontos base, o que representa a diferença de valores mais elevada dos últimos dois meses.
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Apesar do spread ter disparado para um novo máximo, o Governo alemão já fez saber que, mesmo assim, mantém o apoio à Grécia numa tentativa de equilibrar as contas públicas do país.
Os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão outra vez «em cima do país». Um mês e meio depois de terem sugerido cortes orçamentários ao primeiro-ministro socialista, George Papandreou, os consultores do FMI deverão permanecer em Atenas por duas semanas. No entanto, não se fala em empréstimos, apenas de serviços de consultadoria. Neste sentido, o primeiro-ministro grego, reitera que a Grécia não precisa de financiamento.
Recorde-se que na quarta-feira, o prémio de risco das obrigações gregas a dez anos disparou para um novo máximo face aos títulos alemães, tradicionalmente considerados os mais seguros. O spread atingiu os 407 pontos base para máximos de 1999.
Conforme disse um especialista à Bloomberg, «se o sentimento negativo em torno da Grécia persistir vai continuar a diminuir o apetite pelo risco».
Neste momento, a Bolsa de Atenas está em forte queda, a desvalorizar 4,38%.
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