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Investimento: as várias opções para aplicar as poupanças

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Saiba o que é seguro, o que mais rende e como fintar o risco

As poupanças dos portugueses são cada vez mais magras. Por isso mesmo, é fundamental saber como aplicá-las para as multiplicar.

A Agência Financeira contactou vários especialistas e bancos de investimento e apresenta-lhe aqui as várias opções. Comecemos pelos produtos onde o rendimento é garantido, ou seja, onde tem a certeza de que, aconteça o que acontecer aos mercados, o seu dinheiro está seguro.

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Depósitos a prazo, Planos Poupança Reforma e certificados de aforro são bons exemplos disso. Recomendados pela DECO, rendem normalmente mais que a inflação e são ideais para quem deseja aumentar o seu pé-de-meia, mas não quer arriscar.

No caso dos depósitos a prazo, a banca online oferece as taxas mais atractivas, que chegam aos 4,8% a um ano. Mas cuidado: muitos bancos anunciam verdadeiros «superdepósitos», com taxas a dois dígitos, que raramente cumprem.

Os certificados de aforro também são seguros e rendem mais que a inflação, apesar de estarem longe dos velhos tempos de glória. O prémio de permanência máximo é de 2% líquidos, atingido apenas ao fim de 10 anos. Consegue melhor em alguns depósitos a prazo, já que a remuneração está indexada à taxa Euribor, que anda baixa. A subscrição está limitada a valores entre os cem e os mil euros.

Os planos poupança-reforma são especialmente atractivos devido aos benefícios fiscais. Mas tenha em mente que isso depende da idade do subscritor: quem tiver mais de 50 anos, precisa de aplicar 1.500 euros para obter 300 euros de dedução; quem tiver entre 35 e 50 anos, terá de aplicar 1.750 para deduzir 350; e quem tem menos de 35 anos, precisa de aplicar 2.000 euros para uma dedução de 400 euros.

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As Obrigações do Tesouro (dívida pública) são uma alternativa ou complemento aos seguros. Têm rendimento garantido desde que se mantenha até à data de vencimento e um pagamento anual de juros. «As obrigações dos mercados emergentes podem ter um desempenho superior ao das obrigações do tesouro durante o resto deste ano e em 2010», diz o Barclays Wealth.

Com um pouco mais de risco mas ainda relativamente seguros, os fundos de tesouraria também são uma opção, mas saiba que a sua valorização média tem ficado abaixo da dos depósitos a prazo. Investem em obrigações ou outros produtos de curto prazo, como obrigações de taxa variável e depósitos. A vantagem é que o dinheiro pode ser resgatado quando quiser, sem penalização e raramente são cobradas comissões.

Os produtos indexados são desaconselhados. Assumem a forma de depósito ou obrigação de caixa e são apontados como alternativa aos depósitos mas o rendimento depende do desempenho do indexante usado, que pode ir desde um índice de bolsa a um conjunto de acções e não há capital garantido antes do final do período nem resgate antecipado. «As fórmulas de cálculo também escondem surpresas. Os pacotes de aplicações são, no geral, mau negócio. Os bancos usam aplicações de taxa elevada como isco, quase sempre depósitos para prazos muito curtos, para vender outras: fundos, PPR, seguros e obrigações, etc. A maioria cobra comissões elevadas e rende pouco», revela a DECO.

Quanto à aposta nas matérias-primas, como o petróleo, o ouro ou cereais, os analistas desaconselham-no a curto prazo, por considerarem que os preços estão elevados e que a procura verificada nesta fase de crise não deixa antever grande subida. O petróleo deverá voltar a valorizar significativamente, mas a mais longo prazo.

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