É a resposta de Isabel dos Santos à oferta pública de aquisição lançada pelo CaixaBank ao BPI: através da Santoro, acionista de referência do BPI, a empresária considera que o preço oferecido (1,33 euros por ação) não reflete o valor do banco.
Na carta assinada por Mário silva, data de 02 de março e publicada esta terça-feira na Comissão de Mercado e Valores Mobiliários, pode ler-se:
«Gostaríamos de reafirmar o entendimento da Santoro que a oferta do CaixaBank não reflecte o correctamente o valor da instituição, por si só, nem o seu potencial de crescimento e não partilha com os accionistas do BPI o adequado valor das anunciadas sinergias»
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A alternativa defendida pela Santoro passa, assim, pela fusão entre BCP e BPI. Recorde-se que para a OPA avançar, é necessária a desblindagem dos estatutos, e aí a empresária tem uma palavra a dizer.
O Banco Comercial Português confirmou esta terça-feira que recebeu uma carta da empresária Isabel dos Santos, em nome da Santoro Finance, a propor uma fusão com o BPI.
O BCP dá ainda conta, no comunicado, de que, havendo interesse do BPI nessa fusão, a comissão executiva do BCP «manifesta a sua disponibilidade para analisar» a referida operação, «com respeito pelo circunstancionalismo regulamentar» aplicável.
Mas ressalva que esta disponibilidade do BCP não pode ser entendida como garantia de que a operação se venha a efetuar ou como sinal de ter sido tomada qualquer decisão sobre a operação de fusão.
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