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Juros da dívida com os nervos à flor da pele

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Obrigações do Tesouro renovam máximos em dia de cimeira europeia. Juros a três anos já passam os 15%

[Notícia actualizada às 15h30 com novos máximos]

Não há quem trave a corrida. Os juros da dívida pública portuguesa nunca estiveram tão altos, com a maturidade a três anos a renovar os 15% pela primeira vez. Isto precisamente no dia em que o primeiro-ministro português se estreia na política europeia.

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Pedro Passos Coelho vai reafirmar no Conselho Europeu de hoje e amanhã os compromissos que Portugal assumiu com a troika. No entanto, os investidores continuam descrentes quanto à capacidade de cumprimento do país, sobretudo agora que a ameaça de contágio grego cresce, já que Atenas pode cair na bancarrota caso não receba mais dinheiro em Julho.

O próprio presidente do Banco Central Europeu veio hoje dizer que o risco da Zona Euro se encontra em alerta vermelho e que a crise da dívida ameaça infectar os bancos.

Ora é neste contexto de incerteza e pessimismo que as Obrigações do Tesouro a 10 anos batem os históricos 11,605%, com o spread a atingir os 870 pontos base. Este é o indicador que mede a diferença entre o que os investidores cobram para confiar na dívida portuguesa em detrimento da alemã, cujos juros nesta maturidade nem aos 3% chegam.

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No prazo de cinco anos, também há novo recorde a registar, já que os juros tocaram os 14,025%.

No prazo de dois e três anos, o alerta vermelho é ainda mais carregado, já que os juros bateram os 14,674% e os 15,861%, respectivamente.

Entre os quatro e os oito anos, todas estas maturidades negoceiam já acima dos 13%.

Na Grécia, que está no centro das atenções da cimeira europeia, as Obrigações do Tesouro a 10 anos estão nos 17,09%, na maturidade a dois anos já ultrapassam os 27,8% e a três superam os 20,3%.

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