O setor da energia tirou gás à bolsa portuguesa, arrastando o índice de referência PSI20 para terreno negativo, face uma Europa dividida entre os ganhos de praças como Paris, Frankfurt, Londres e Berlim, enquanto os países que podem ser mais atingidos pelos estilhaços de Atenas e pelos receios em relação à crise das dívidas soberanas da Zona Euro fecham a sessão a recuar.
A praça lisboeta esteve a ganhar durante o dia, mas a queda das ações da Galp, que chegou a desvalorizar mais de 2% - tendo, contudo, terminado a sessão no verde - e sobretudo o recuo da EDP acabaram por arrastar o índice bolsista para o vermelho, a perder 0,4% para os 4.742,05 pontos.
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Na Europa, a tendência foi mista: Paris, Berlim e Londres valorizaram discretamente, enquanto Madrid, Milão e Atenas fecharam a cair.
Por trás da queda do IBEX, que recuou 0,65%, está de novo a crise da zona euro, com Espanha a ser olhado pelos mercados como a próxima peça de dominó a tombar, não só devido às dificuldades orçamentais que enfrenta, mas também aos problemas do sistema bancário, que poderá necessitar de elevadíssimas injecções de capitais públicos para cobrir as perdas causadas pelo crédito imobiliário malparado.
Os investidores continuam atentos aos desenvolvimentos da crise política na Grécia, que vai novamente a votos a 17 de Junho, devido à incapacidade de formar um Governo com base nos resultados das últimas eleições.
Em Lisboa, a EDP recuou 0,97% para o € 1,834, enquanto a Galp Energia subiu 0,2%, para os € 9,659, depois de terem estado a perder durante o dia, com as ações da petrolífera a negociar hoje já sem direito ao dividendo relativo às contas de 2011.
O BES subiu 2,42% para € 0,508 euros, a Portugal Telecom fechou inalterada nos € 3,96 euros e a Jerónimo Martins trepou 0,04% para € 13,450.
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