A praça de Lisboa viveu mais um dia negativo e liderou mesmo as quedas na Europa. O principal índice recuou 1,06%, para os 7.695,49 pontos, e apenas três títulos no verde.
Os investidores estão atentos à apresentação do Orçamento do Estado para 2011, enquanto não há sinais de entendimento entre o PS e o PSD. Um impasse que agrava os receios dos investidores e que voltou a subir os juros da dívida pública.
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A pressionar o PSI20 esteve o sector da energia: EDP afundou 1,79%, para os 12,57 euros, num dia em que reviu em baixa a previsão de investimento para 2011 de 2,4 mil milhões de euros para 2 mil milhões, justificada pela evolução moderada da procura, segundo explicou o presidente da eléctrica, António Mexia.
Galp perdeu 1,55%, a seguir o sentimento do sector lá fora com os preços do petróleo caem mais de 0,5% nos mercados de referência.
Também no sector financeiro o dia foi negativo: BES desvalorizou 1,41%, para 3,42 euros, BCP deslizou 1,23%, para os 0,63 euros por acção. BPI contrariou e avançou 0,19%, com cada papel a valer 1,56 euros.
Nota ainda para os títulos da Jerónimo Martins que fecharam a perder 0,76%, para os 9,82 euros, depois do JP Morgan ter cortado a recomendação e preço-alvo da retalhista. Ontem, o UBS também cortou a sua recomendação para «vender». A dona do Pingo Doce está em queda pela segunda sessão consecutiva depois de, na semana passada, ter renovado máximo do ano.
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Nas telecoms, PT deslizou 0,24%, para os 10,18 euros, enquanto a Sonaecom perdeu 0,83% e Zon afundou 1,87%, só superada pela Brisa que desvalorizou 1,98% e liderou a tabela das perdas.
No verde, Altri e Portucel avançaram 0,02% e 1,31%, respectivamente.
Já lá por fora, os investidores continuam receosos quanto à retoma da economia global. A Europa fechou pintada a vermelho: Paris recuou 0,52%, Madrid perdeu 0,49%, Londres caiu 0,19% e Frankfurt desvalorizou 0,08%. Hoje, a OCDE divulgou que existem mais de 45 milhões de desempregados na região, um dia depois de ter divulgado, no seu relatório, que a economia global voltou a abrandar o ritmo de crescimento em Agosto.
Ao mesmo tempo, investidores e analistas aguardam as minutas da última reunião da Fed que deverá indicar quando a Reserva Federal norte-americana vai intervir na economia dos Estados Unidos.
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