O fundador do BCP, Jorge Jardim Gonçalves, disse esta terça-feira que não tem tirado partido da forte desvalorização dos títulos do banco em bolsa para aumentar a sua posição, mas revelou que vai acompanhar o aumento de capital do espanhol Sabadell.
Questionado sobre se tem aproveitado os «saldos» na cotação das ações do BCP, depois da significativa queda dos últimos anos, o antigo presidente do banco disse que «não», escusando-se a divulgar qual a participação que tem neste momento no BCP.
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«Mas vou acompanhar o aumento de capital do Sabadell», revelou Jardim Gonçalves, à margem de mais uma sessão do julgamento do recurso de nove antigos gestores do BCP contra a condenação da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que decorreu em Lisboa, escreve a Lusa.
O BCP e o Banco Sabadell têm participações cruzadas, que chegaram a ter uma dimensão significativa, tendo sido diluídas nos últimos anos (atualmente, é o fundo de pensões do banco português que detém uma posição qualificada no congénere espanhol).
De acordo com os dados mais recentes disponíveis no «site» do BCP, o Sabadell detém 4 por cento do capital do banco português, sendo o seu quarto maior acionista, enquanto que, segundo os números disponibilizados pela agência Bloomberg, é possível observar que o fundo de pensões do BCP detém 2,69 por cento do Sabadell, sendo o seu segundo maior acionista.
A assembleia-geral de acionistas do Sabadell aprovou no final de fevereiro uma operação de aumento de capital de 86,4 milhões de euros.
Sobre a nova vida do BCP, com a recente entrada de Nuno Amado para a presidência executiva e com a alteração do modelo de gestão, Jardim Gonçalves não quis prestar qualquer declaração.
Os papéis do BCP seguem hoje (pelas 15:00) a negociar em alta na NYSE Euronext Lisboa, crescendo quase 4 por cento para 0,16 euros.
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