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Risco da dívida de Espanha bate recorde, juros acima dos 6,5%

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Situação na Grécia e dúvidas em torno do sistema financeiro espanhol estão a causar nervos nos mercados

A incapacidade de a Grécia formar Governo, a convocação de novas eleições e a possibilidade de Atenas abandonar a moeda única - juntamente com os riscos que recaem sobre o sistema financeiro espanhol - estão a colocar, esta quarta-feira, os juros da dívida de Espanha, na maturidade a 10 anos, a superar os 6,5%: é um nível insustentável e representa um novo recorde.

No mercado secundário, o risco - medido pelo diferencial entre os títulos espanhóis e alemães a 10 anos - atingiu a barreira dos 507 pontos base, acima dos 485 pontos com que fecharam os mercados na terça-feira. É também um novo máximo histórico, desde que existe o euro.

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Esta manhã, o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, lançou um apelo a Bruxelas para que defenda a sustentabilidade das dívidas soberanas.

Rajoy deixou o apelo, em curtas declarações aos jornalistas no Congresso de Deputados, depois de ser questionado sobre o aumento do risco da dívida, enquanto a bolsa de Madrid cai para níveis de 2003 e afunda 1,59%. O setor financeiro é o mais castigado.

Aliás, o nervosismo nos mercados está a ser agravado, em parte, pela situação em torno da banca espanhola, que terá que realizar provisões adicionais de 25 mil milhões de euros para cumprir novos requisitos do executivo madrileno, valor que equivale ao dobro dos lucros do setor em 2011.

A dívida das instituições financeiras de Espanha ao Banco Central Europeu (BCE) atingiu os 263.535 milhões de euros em abril. É um novo recorde histórico e representa mais 15,7% do que o registado em março.

Bruxelas reviu em baixa, na semana passada, as previsões macroeconómicas para Espanha em 2012, antecipando que o país não cumprirá a meta de défice [que ficará nos 6,4% do PIB]. A «Comissão Barroso» espera ainda que a economia espanhola contraia 1,8%.

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