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S&P ameaça cortar rating do fundo europeu

Ataques às avaliações europeias sucedem-se numa semana decisiva para o futuro do Velho Continente

Nem o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), que se pressupõe que crie - lá está - estabilidade, escapa aos ataques das agências de rating. Depois de ter ameaçado cortar o rating de 15 países europeus, incluindo aqueles que têm a nota máxima, a Standard & Poor`s acaba de colocar a nota do FEEF em revisão para um possível corte entre um e dois níveis, estando dependente do rating dos países da Zona Euro com triplo A.

Esta decisão indica que a probabilidade de a avaliação vir a descer é de 50%.

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«Se se baixar o rating de um ou mais dos membros que garantem o FEEF», também haverá medidas de redução no que toca aos ratings do Fundo para o nível mais baixo dos membros que se encontram actualmente em AAA, indicou a Standard & Poor`s, num comunicado citado pela Lusa e pela Reuters.

A decisão deverá ser tomada no prazo máximo de 90 dias. De qualquer modo, a agência espera tomar uma decisão mais cedo que o prazo normal.

E, a acontecer uma revisão em baixa, ela poderá ter implicações nos juros pagos por Portugal no âmbito do empréstimo internacional negociado com a troika.

Europa pressionada em semana decisiva

Estas ameaças surgem dias antes de uma cimeira europeia que se espera decisiva. A tónica é de pressão sobre os líderes europeus para que tomem decisões concretas.

E o responsável da S&P para os rating da Europa já alertou: «Esta cimeira é uma óptima oportunidade para a Europa», que até agora tem tomado decisões «fragmentadas e hesitantes».

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Numa primeira reacção ao alerta da S&P em relação aos 15 países alvo da ameaça de corte nas suas avaliações, a Comissão Europeia avisou que o Conselho Europeu de sexta-feira não vai ser para agradar às agências de rating.

Também o presidente do Eurogrupo se mostrou desconcertado com os alertas daquela agência de notação financeira, dizendo que a sua decisão é «exagerada e injusta».

Do eixo franco-alemão surgiram declarações sobre o caminho que julgam certo seguir e que foi traçado ontem por Angela Merkel e Nicolas Sarkozy para a criação de um novo tratado europeu.

Merkozy vão levar à cimeira de sexta-feira as suas propostas com toda a «convicção».

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