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Corrida às reformas seria «insuportável»

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Pedro Mota Soares disse que, se nada fosse feito, «mais 40 mil pensionistas» teriam reforma antecipada, com um «esforço financeiro acrescido de cerca de 450 milhões de euros» para este ano e próximo

O ministro da Segurança Social defendeu esta segunda-feira que o «anúncio prévio» do congelamento das reformas antecipadas provocaria uma «corrida» às pensões e argumentou que no programa de Governo constava a aproximação da «idade legal da reforma da idade média da reforma».

«O Governo tinha dito muito claramente no programa de Governo que iria tomar um conjunto de medidas que promovessem o envelhecimento ativo e que aproximassem a idade legal da reforma da idade média da reforma», justificou Pedro Mota Soares aos jornalistas.

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«Este ano, por dia, 150 trabalhadores requereram a reforma antecpidada. Isto é três vezes mais do que acontecia há tres anos», disse Mota Soares adiantando que, sem o congelamento das reformas antecipadas, poderia chegar-se «ao final deste ano com menos 40 mil trabalhadores e mais 40 mil pensionistas com a reforma antecipada», significando «só neste ano e no próximo um esforço financeiro acrescido de cerca de 450 milhões de euros dos cofres do Estado».

«Seria insuportável, seria insustentável para a Segurança Social e para as Finanças do Estado».

Questionado sobre uma eventual quebra de confiança entre os eleitores e o Governo a propósito do congelamento das reformas, o ministro referiu que essa aproximação das idades da reforma está inscrita no programa de Governo e «foi uma matéria que foi discutida nessa altura, foi discutida na Assembleia da República ao propósito da apresentação do programa do Governo».

«Portanto, vai em linha com o que era a ideia inicial do Governo, que nós já tínhamos comunicado ao povo português».

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Em sintonia com o que Passos Coelho disse esta em Moçambique, o ministro da Segurança Social argumentou que «se o Governo tivesse feito um anúncio prévio iria verificar-se uma corrida às pensões antecipadas, a despesa disparava e retirava-se o efeito útil a esta medida».

O PS anunciou entretanto que quer ouvir o ministro da Segurança Social com urgência na Assembleia da República. Para os socialistas, esta decisão do Governo foi «obscura», «sem justificação» e feita «à revelia dos parceiros sociais».

Este novo regime, aprovado em Conselho de Ministros a 29 de março, foi publicado na quinta-feira em Diário da República depois de promulgado pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. A medida entrou em vigor na sexta-feira.

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