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Os últimos dias marcaram a estreia do novo governo grego no Eurogrupo. Os próximos também vão estar centrados no futuro da Grécia, que promete fazer «tudo o que puder» para chegar a acordo com a União Europeia, segundo o porta-voz do governo helénico.
«acabou a troika, acabou o memorando»«Vamos fazer tudo o que pudermos para que seja alcançado um na segunda-feira», «Se não tivermos um acordo na segunda-feira, acreditamos que há sempre tempo, pelo que isso não será um problema»
Foi na quinta-feira que se deu o primeiro passo, quando Tsipras e o presidente do Eurogrupo acordaram avançar com uma base de entendimento para começar as negociações sobre o futuro da Grécia. Atenas mostra-se determinada a que esses esforços não sejam em vão, continua o porta-voz do primeiro-ministro Alexis Tsipras, Gabriel Sakellaridis, que é citado pela Reuters:
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bolsa de Atenas a disparar 7%«O objetivo é que a equipa de negociação sobre questões técnicas finalize uma proposta que será levado para o grupo de trabalho [criado para o efeito] ao meio-dia de segunda-feira e, em seguida, na parte da tarde, para o Eurogrupo de forma a encontrar uma solução»
Aberta a negociar, a Grécia continua, no entanto, a opor-se à implementação de reformas que intensifiquem a austeridade e enfraqueçam o tecido do Estado social. «O que temos dito é que, até 16 de fevereiro (segunda-feira) queremos chegar a um acordo mutuamente benéfico com os nossos parceiros e estamos a trabalhar nessa direção», explicou o mesmo porta-voz à Skai TV.
Tsipras conheceu pessoalmente a chanceler Angela Merkel e tanto a Grécia como a Alemanha, parecem, agora, dispostas a ceder em algumas exigências.
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Merkel não irá insistir no cumprimento, por parte de Atenas, de todos os aspetos do atual programa de resgate. A revisão em baixa da meta do excedente orçamental primário e também das metas das privatizações poderão estar em cima da mesa.
Já Tsipras está preparar para assumir o compromisso de um excedente orçamental primário, desde que esteja abaixo da meta da troika de 3% e estará, também, preparado para assumir o compromisso de avançar com as privatizações.
Ontem, o Banco Central Europeu decidiu aumentar para 65 mil milhões de euros o limite de financiamento para os bancos gregos.
No Eurogrupo de segunda-feira, Portugal também estará na agenda, na sequência do reembolso antecipado que o Governo pretende fazer ao FMI do empréstimo feito em 2011, altura do pedido de resgate. O próprio presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, partilhou os destaques da reunião no Twitter:
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