O governo alemão adiou esta sexta-feira a decisão sobre as garantias bancárias de 1,1 mil milhões de euros, solicitadas pela Opel. Só na próxima semana é que a fabricante automóvel deverá conhecer a opção tomada pelo Executivo de Angela Merkel, segundo um porta-voz do ministério da economia.
Para já sabe-se apenas que o ministro da economia alemão, Rainer Bruederle, está «muito céptico» em relação à ajuda estatal à Opel, segundo a agência Lusa. Também o presidente da Confederação do Comércio e Indústria Alemãs (DIHK), Hans Heinrich Driftman, disse esta sexta-feira ao jornal de economia Handelsblatt que «nenhuma empresa deve ser apoiada por razões políticas», se não cumprir os critérios de acesso ao fundo criado pelo governo para apoiar empresas em dificuldades por causa da crise financeira.
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No total, a Opel Pediu garantias bancárias no valor de 1,8 mil milhões de euros a vários países europeus, sendo que a maioria delas foram solicitadas à Alemanha. Só neste país, as quatro fábricas da marca empregam quase 25 mil trabalhadores. Este número representa metade do total de funcionários europeus.
A empresa vê-se em risco de encerrar as fábricas de Bochum e Eisenach, caso o Governo central e as autoridades regionais alemãs não concedam as garantias bancárias. «A Opel não precisa do dinheiro dos contribuintes alemães, mas sim de garantias bancárias» sublinhou o presidente da comissão europeia de trabalhadores da empresa, Klaus Franz.
Os trabalhadores da Opel podem ver reduzidos 8 mil postos de trabalho em toda a Europa. O anúncio foi feito pela General Motors. A casa-mãe da Opel divulgou ainda os planos de investimento para reestruturar as unidades de produção da Opel e da britânica Vauxhall. A quantia investida é de 1,9 mil milhões de euros.
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