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António Mexia: o que ele já fez para ganhar dinheiro

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Fortemente criticado pelo que ganha, o gestor, considerado um dos melhores do mundo, explica porque merece o que lhe pagam. E conta que a sua vida nem sempre foi assim

Ganhou 3,1 milhões de euros em bónus no ano passado e é um dos gestores mais bem pagos do mundo. Mas nem sempre foi assim. António Mexia já fez um bocadinho de tudo e, «para não ter de pedir dinheiro a ninguém», até fez anúncios. Amante das duas rodas, andou boa parte da adolescência e da juventude à boleia.

Numa entrevista onde fala de temas até agora pouco abordados, à revista «Única», o presidente da EDP diz que criticar o seu bónus «é sinónimo de preguiça e inveja». A empresa que lidera apresentou na semana passada resultados do primeiro semestre, o melhor de sempre da companhia. E caminha para aquele que pode muito bem ser o terceiro ano consecutivo com lucros acima dos mil milhões de euros.

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Vendeu roupa na H&M, deu explicações de português, foi carteiro, serviu bebidas num bar de hotel em Genebra, onde estava a estudar Economia na universidade. Foi o melhor aluno do seu curso, deu aulas em Genebra antes de vir para Portugal para ser professor assistente em duas faculdades. Mas o dinheiro não dava para pagar a renda da casa e por isso, fez anúncios, em catálogos e na televisão. Depois disso, foi administrador do ICEP e do BES, presidente da Galp e até ministro.

Sobre as críticas ao seu rendimento em 2009, limita-se a dizer que «traduzem a ausência de discurso pela positiva e a falta de capacidade de apresentar soluções às pessoas, abrindo mais portas, e é isso que eu faço e que os accionistas reconheceram. Na ausência de ideias é mais fácil jogar por aí. Isso é um sinónimo de quê? De preguiça e de inveja. À pergunta se o bónus foi merecido, nem hesita: «Aí, não tenho dúvidas nenhumas».

Depois de ter sido ministro, uma das experiências de que mais gostou, só a ferros falou sobre a possibilidade de voltar à política: «Vai depender da minha capacidade de sofrimento», disse, acrescentando que «deu o corpo ao manifesto». Confrontado com o aliciante de ser, por exemplo, primeiro-ministro, Mexia admitiu que existe um cargo na política que gostaria de desempenhar: ser presidente da Câmara Municipal de Lisboa. «É das maiores empresas portuguesas».

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