[Notícia actualizada]
A banca portuguesa revela um elevado grau de resistência à adversidade. Segundo o Banco de Portugal, que divulga os principais resultados, «todos os grupos bancários apresentaram rácios de capital Tier 1 superiores a 6% em 2010 e 2011, apesar de uma significativa redução nos níveis de rendibilidade e solvabilidade no cenário adverso, por comparação ao cenário de referência».
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Por isso, o BCE considera que estas instituições bancárias, que representam dois terços da banca portuguesa, não têm de avançar com aumentos de capital. E os resultados confirmam a solidez do mercado português.
Entre todos, o BPI é o que apresenta maior capacidade de resistência.
Os espanhóis BBVA e Santander, que operam em Portugal, viram também confirmada a solidez financeira através destes testes de resistência.
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Os testes foram feitos com base em dois cenários macroeconómicos: um cenário de referência, no qual é projectada uma desaceleração da economia portuguesa, «verficando-se um crescimento lento quer para 2010 quer para 2011»; o segundo cenário, um cenário adverso, «corresponde a uma combinação particularmente severa de choques para a economia portuguesa. Este cenário implica a recessão mais profunda e prolongada de que há registo».
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De acordo com o Banco de Portugal, o cenário mais adverso assenta numa diminuição acumulada do PIB entre 2009 e 2011 na ordem dos 5,3 pontos percentuais, um desemprego de 12,8 por cento em 2011 e das taxas de juro de longo prazo das Obrigações do Tesouro a 10 anos acima dos 5 por cento, (5,2 em 2010 e 5,8 por cento em 2011).
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«Este cenário implica a recessão mais profunda e prolongada de que há registo», diz o Banco de Portugal, explicando que neste cenário é contemplada ainda a que o desemprego também aumente para máximos históricos perto dos 13 por cento da população activa, uma redução dos preços das acções de 20 por cento em 2010 e em 2011 (equivalente a uma redução acumulada de 36 por cento no horizonte), uma diminuição dos preços no mercado imobiliário (quer residencial, quer não residencial) de 5 por cento em cada ano.
Perante estas condições, o Banco de Portugal é claro na conclusão: «Em termos gerais, os resultados obtidos confirmam que todos os bancos portugueses (...) resistem a uma nova materialização dos riscos a nível global e nacional. Mesmo sob cenário adverso, estes bancos continuarão a apresentar níveis de solvabilidade adequados, medidos em particular pelos respectivos rácios Tier 1».
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