Os presidentes dos bancos BPI, Santander Totta e Banif defenderam esta quarta-feira o alargamento para cinco anos do prazo de recompra da participação do Estado, em caso de recurso dos bancos ao fundo de recapitalização.
«Acredito no que as pessoas dizem, e a versão final aprovada poderá ser diferente, disse o presidente do BPI, Fernando Ulrich, à margem de uma conferência da revista Exame em Lisboa.
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Mais explícito foi o presidente do Santander Totta, Nuno Amado, que afirmou que se o diploma final ficasse em apenas três anos, «o período para os bancos pagarem o capital do Estado seria curto», pelo que «o alargamento do prazo é muito desejável».
A mesma posição foi tomada pelo presidente do Banif, Joaquim Marques dos Santos: «Não prevejo que em três anos haja possibilidade de recuperação total para recomprar o capital do Estado».
A proposta de lei para a recapitalização da banca foi aprovada na generalidade pela Assembleia da República na terça-feira.
O diploma regulamenta o recurso dos bancos a um fundo de capitalização de 12 mil milhões de euros.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse que a proposta «salvaguarda o dinheiro dos contribuintes», e mostrou-se disponível para fazer alterações ao diploma na especialidade.
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