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BCP: espionagem com os EUA é «falsa e fantasiosa»

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Banco de Portugal teve conhecimento de uma visita a Teerão, mas «não foi informada qualquer outra entidade»

O Millennium BCP veio esta segunda-feira desmentir o esquema de espionagem com os EUA revelado pelo Wikileaks no jornal «El País», dando conta de que o presidente do BCP terá proposto recolher informações sobre o Irão a troco de poder fazer negócios no país.

«Todos os factos» estão «documentados» e «a simples ideia de partilha de informação é, naturalmente, falsa e fantasiosa».

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O banco liderado por Carlos Santos Ferreira explica assim, em comunicado, que informou o Banco de Portugal de uma visita a Teerão, a convite da Embaixada do Irão em Portugal «e na sequência das múltiplas missões empresariais portuguesas que se deslocaram àquele país».

«Não foi informada qualquer outra entidade oficial portuguesa», afiança o Millennium BCP, pelo que a sua versão se coaduna com a do primeiro-ministro que disse desconhecer qualquer actividade do BCP no Irão.

Já o Banco de Portugal foi informado «quer previamente, quer posteriormente à realização da mesma [visita], o que fez verbalmente e por escrito, enviando, nomeadamente, o respectivo relatório».

O BCP explica que «verificando-se interesse de diversas instituições locais no estabelecimento de relações financeiras com o Millennium bcp, à semelhança das que parecem existir com diversas instituições financeiras europeias, o Banco solicitou parecer escrito sobre esta possibilidade à sua Direcção de Compliance».

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Mais ainda: «fez diligências junto de entidades europeias e americanas para avaliar a situação e perspectivas de evolução das sanções diplomáticas e económicas que vigoram nas relações com o Irão».

Mas «decidiu não desenvolver qualquer actividade com Bancos Iranianos», em função «da posição do Banco de Portugal, do relatório de compliance e das informações recolhidas». O embaixador do Irão em Portugal ficou a par dessa decisão, diz o BCP.

O banco não quis deixar de sublinhar a «tentativa de conciliar o interesse das missões empresariais portuguesas com as restrições diplomáticas impostas pelas Nações Unidas ao Irão, país com o qual Portugal mantém relações diplomáticas», pelo que refuta qualquer «crítica com origem na imprensa estrangeira e ampliada pelos jornais portugueses.

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