O BCP necessita de reforçar os seus capitais em 2,13 mil milhões de euros até 30 de Junho de 2012, para cumprir as metas exigidas pela Autoridade Europeia Bancária.
Para o fazer, o banco de Carlos Santos Ferreira admite recorrer à linha de recapitalização do Estado, no valor de 12 mil milhões de euros, acordada com a troika.
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As necessidades do BCP são a conclusão da avaliação realizada a 71 bancos europeus para dar resposta às preocupações dos mercados sobre os riscos soberanos, reflictindo a valorização aos preços de mercado correntes das exposições a dívida soberana.
Esta avaliação da Autoridade Bancária Europeia «visa criar uma almofada temporária de capital e, por consequência, reforçar a solidez das instituições, na actual situação de incerteza associada à crise da dívida soberana», explica o Banco de Portugal, em comunicado enviado às redacções.
No caso do BCP, as necessidades de capital são referentes à exposição de dívida soberana no final de Setembro para atingir o rácio de solvabilidade de 9% a partir de 30 de Junho de 2012, como exige o supervisor europeu.
No entanto, o maior banco privado português sublinha, em comunicado enviado à CMVM, que já reforçou fundos próprios, em 405 milhões de euros, a 13 de Outubro, pelo que as necessidades reais do banco são de 1,73 milhões de euros.
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Deste valor, 1,17 mil milhões correspondem ao perdão de 50% da dívida grega e à contabilização da restante dívida europeia a preços de mercado.
O BCP tem até 20 de Janeiro de 2012 para apresentar um plano ao Banco de Portugal para atingir o rácio core tier 1 de 9%. O banco garante que vai «reduzir as necessidades de capital a zero em Junho de 2012».
Neste sentido, admite recorrer ao fundo de apoio estatal.
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