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BCP quer mais ajuda à Grécia, já Espanha «é irrelevante»

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Nuno Amado pede «resposta a nível europeu» para salvar Atenas. Quanto à crise espanhola, o banqueiro avisa que há efeitos para Portugal

O presidente do BCP disse esta sexta-feira que a resposta dos líderes europeus à Grécia «tem sido insuficiente», defendendo uma «maior integração e responsabilização». Já em relação à situação em Espanha, Nuno Amado considerou-a «irrelevante» para as contas do banco.

«Não gosto de comentar o que conheço menos bem, mas acho que a resposta a nível europeu tem sido insuficiente como se tem vindo a verifica nos últimos anos», disse Nuno Amado, citado pela Lusa, em conferência de imprensa de apresentação de resultados semestrais da instituição.

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«Estamos a meio da ponte, a meio do caminho, e temos de dar este passo em frente, mas o que não podemos querer é fazer a festa e que os outros paguem e, para isso, tem de haver maior integração com maior responsabilização».

Já em relação à crise em Espanha, Nuno Amado disse que esta é «irrelevante» para o banco, mas frisou: «Não é irrelevante» para Portugal.

«Com a informação que tenho e sem indicar o futuro, para o BCP o efeito direto de Espanha é irrelevante pois não temos exposição em Espanha, mas não é irrelevante para o país».

O banqueiro assinalou que o abrandamento das exportações tem «um efeito indireto que não é favorável» para o país e defendeu, por isso, o cumprimento «estrito» do acordado com a troika.

«Nós, que temos um perfil diferente enquanto país, temos de facto de fazer o que estamos a fazer conjuntamente, isto é, cumprir aquilo que nos comprometemos, mas não com mais tempo, para termos uma recuperação rápida e para sermos reconhecidos como quem está a fazer o que deve», sublinhou Nuno Amado, acrescentando que neste momento é «positivo» para Portugal que Espanha esteja «mais sob os holofotes».

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Entende que «é relevante esta credibilidade», uma vez que «poderá ajudar o país» e reitera que é necessário «fazer mais na economia, mas o melhor caminho neste momento é o do ajuste».

«Se o fizermos, a probabilidade de ir ao mercado em 2013 é muito maior. Creio que essa é a mensagem principal. Se 2011 foi um ano horribilis para o país, esse foi o corolário de muitos anos maus e no qual não quisemos ver que íamos na direção errada».

Quanto ao ano de 2012, Nuno Amado repetiu que «este ano é não desejado, mas esperado».

«É a primeira vez que estou a apresentar resultados negativos e não me quero habituar. Mas sabemos onde estamos e acho que o país vai superar os desafios que tem».

O BCP apresentou esta sexta-feira prejuízos de 544,3 milhões de euros relativos ao primeiro semestre.

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