O Banco Espírito Santo (BES) vai devolver cerca de 1,7 milhões de dólares (1,3 milhões de euros) a clientes norte-americanos que compraram seguros de capitalização até entre 2004 e 2007, altura em que o banco português fechou a sua filial em New Bedford, noticiou esta terça-feira o jornal «Boston Globe».
Segundo um outro jornal, o «Boston Business Journal», o banco informou o secretário de Estado, Willian F. Galvin, que estaria a incorrer na violação de uma lei do Estado do Massachusetts, ao vender planos de poupança-reforma e seguros de capitalização sem licença a residentes nos Estados Unidos, um tipo de produto que o BES só poderia vender a cidadãos portugueses.
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Estes produtos financeiros eram, aliás, especificamente dirigidos à comunidade portuguesa residente nos Estados Unidos, mas foram também vendidos a cidadãos norte-americanos.
A iniciativa de reembolsar os clientes partiu do banco português depois de verificar que havia um incumprimento das regras de distribuição de produtos financeiros nos Estados Unidos.
Segundo o jornal, o BES vendeu este tipo de produtos a cerca de 5.800 americanos desde 2004.
O BES já chegou a acordo com as autoridades americanas para que seja assegurado, através de um plano de regularização, que nenhum cliente sofra qualquer prejuízo financeiro nos seus produtos de investimento, diz o «Boston Globe».
«Esta entidade financeira não poderia vender este tipo de produtos a cidadãos americanos», afirmou Galvin, acrescentando que, como consequência, «irei ajudar os nossos cidadãos a recuperar o seu dinheiro».
O «Boston Globe» refere que a maioria das contas eram pequenas, cerca de 10 mil dólares e que, segundo o acordo com o BES, o banco irá reembolsar os clientes do Massachusetts em 1,7 milhões de dólares de perdas de capital, mais 6 por cento de juros anuais.
Segundo Willian F. Galvin, estiveram envolvidas nas perdas cerca de 100 produtos de investimento.
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