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BPN: aumento de capital de 500 milhões será para pagar à CGD

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Estado vai injectar mais 500 milhões de euros no BPN, um aumento de capital considerado «indispensável» pelo ministro das Finanças

O Estado prepara-se para realizar um aumento de capital, no valor de 500 milhões de euros, no Banco Português de Negócios (BPN). O pedido já foi feito pela actual administração do banco, liderada por Francisco Bandeira, e, embora não tenha data marcada, foi considerado ontem como «indispensável» pelo ministro das Finanças.

CGD já emprestou cinco mil milhões ao BPN

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Esta quarta-feira, durante a audição da administração da Caixa Geral de Depósitos, na comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento, em resposta aos deputados, o administrador do banco Pedro Cardoso explicou a finalidade deste aumento de capital:

«A Caixa emprestou cerca de 5 mil milhões de euros ao BPN, dos quais 3,9 milhões são para os veículos e 1,145 mil milhões de euros para o banco», onde apenas uma parte tem garantias do Estado.

«Com este aumento de capital, a CGD vai abater 500 milhões de euros do seu empréstimo ao BPN. Assim, reduz a sua exposição para 600 milhões de euros», disse Pedro Cardoso.

Dos 500 milhões de aumento de capital, ficam de fora 50 milhões de euros que, de acordo com o presidente da CGD, terão como objectivo a refundação do BPN (com mudança de imagem, marca e administração autónoma) e novo plano de negócios.

Contas feitas, o aumento de capital de 500 milhões de euros será utilizado em dois momentos diferentes: primeiro será utilizado para regularizar os capitais próprios, passando dos actuais 200 milhões de euros negativos (depois de liberto de 1.800 milhões de imparidades) para 300 milhões de euros positivos.

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Depois, o banco pagará cerca de 450 milhões de euros à CGD (para abater nos empréstimos) e os resntantes 50 milhões de euros serão destinados ao «novo BPN».

Já sobre a hipótese de o BPN ser integrado na CGD, Faria de Oliveira admitiu que «seria um mau serviço prestado ao sistema financeiro nacional e à CGD»

«Fiquei satisfeito por essa não ter sido a opção seleccionada», disse o banqueiro.

«Aumento de capital da CGD não tem a ver com o BPN»

Já sobre o aumento de capital da própria Caixa Geral de Depósitos, no valor de 550 milhões de euros, realizado a 31 de Dezembro, o presidente do banco público garantiu que «não tem nada a ver com o BPN».

Faria de Oliveira explicou que este aumento de capital surgiu na sequência de uma recomendação do Banco de Portugal, feita à banca nacional, de reforço de capitais.

«Nas actuais circunstâncias dos mercados internacionais, é da maior importância que os bancos nacionais apresentem rácios de capital acima da média ou ao nível da média dos seus congéneres europeus. É muito importante que a solidez dos bancos portugueses seja comprovável», disse Faria de Oliveira no Parlamento, adiantando que «a CGD é o maior banco nacional e uma referência nos mercados internacionais».

[Notícia actualizada às 13h20]

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