A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) já enviou à Cimpor uma versão revista do prospeto da Oferta Pública de Aquisição (OPA) anunciada pela InterCement, com as informações adicionais solicitadas, disse à Lusa fonte oficial do regulador.
«Foi enviado o prospeto [da OPA] já revisto, com a informação adicional que foi solicitada» à InterCement (detida pela Camargo Corrêa), afirmou a mesma fonte, adiantando que a CMVM deu cinco dias à Cimpor para se pronunciar.
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Na quarta-feira, o presidente da CMVM, Carlos Tavares, afirmou, no Parlamento, que o regulador ainda não tinha toda a informação que considerava essencial sobre a OPA à Cimpor para poder registá-la.
«Entendemos que para que os acionistas possam decidir se querem alienar as suas posições ou continuar como acionistas, têm de estar previamente informados», disse Carlos Tavares, durante uma audição na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas.
Carlos Tavares afirmou ser essencial que o prospeto da OPA refira os ativos que poderão ser objeto de troca no âmbito da OPA e que dessa troca «não resulte um pagamento que seja superior à contrapartida» da oferta - 5,50 euros -, seja «em dinheiro, seja em espécie».
O presidente da CMVM disse ainda que os contactos prévios entre acionistas «são legítimos», mas sublinhou que é «importante» para o regulador saber se há um acordo prévio.
O conselho de administração da Cimpor já se pronunciou sobre a oferta, tendo considerado baixo o preço oferecido pela InterCement.
A InterCement divulgou, a 30 de março, o anúncio preliminar de uma OPA sobre a totalidade do capital da Cimpor.
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