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EDP: Mexia garante «estabilidade accionista»

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Perante a iminente privatização da empresa, o presidente admite que participação de 25% do Estado não é necessária

O presidente da EDP desvalorizou esta quarta-feira a eventual privatização da eléctrica, assegurando que o Estado não tem de manter uma participação tão elevada como actualmente para garantir a «estabilidade accionista» da empresa.

«A decisão sobre privatizações compete, obviamente, ao accionista Estado», disse António Mexia, citado pela Lusa, admitindo, contudo, que a actual participação de 25% do Estado na EDP «não é hoje necessária para que mantenha a capacidade de influência no sentido da estabilidade accionista da companhia».

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Segundo salientou Mexia à margem de um fórum sobre sustentabilidade em Gaia, a EDP «tem sido um motor verdadeiro da economia portuguesa», crescendo «cinco a seis vezes mais depressa» que o país e obtendo hoje «55% dos seus resultados fora de Portugal», ao mesmo tempo que «tem ajudado à internacionalização das empresas portuguesas».

«Nos últimos cinco anos entrou um número significativo de novos accionistas [na EDP] e há, hoje, uma estabilidade accionista que está aparentemente garantida», lembrou Mexia.

Qual o papel do Estado na EDP?

Ainda assim, o presidente da EDP admitiu que em «sectores importantes», como as telecomunicações e a energia, «o Estado muitas vezes tem um papel fundamental», pelo que «poderá continuar a ser um elemento importante na estabilidade accionista» da EDP.

Questionado pela Lusa sobre um eventual reforço da posição da Iberdrola na EDP, António Mexia garantiu que «não há nenhuma preocupação em particular com nenhum accionista, há que os defender a todos».

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Relativamente às capacidades de financiamento da EDP, Mexia garantiu que, no final de Fevereiro, a empresa tinha, «entre liquidez e facilidades e linhas bancárias, 5,8 mil milhões de euros disponíveis que lhe dão a capacidade financeira de realizar aquilo que se pretende até 2013».

Adicionalmente, a EDP «tem, neste momento, um rating a nível nacional totalmente distintivo, que foi obviamente penalizado pela evolução dos riscos soberanos, mas mesmo assim está acima do que é o risco soberano em duas das três agências» de notação.

«A questão essencial é que Portugal tem que encontrar um caminho de crescimento e as reformas têm que ser essencialmente concentradas nas condições estruturais de crescimento, não se podem resolver exclusivamente questões de tesouraria».

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