O presidente executivo da Galp disse esta segunda-feira que a empresa poderá falhar o objetivo de chegar ao final do ano com exportações de 3.500 milhões de euros devido às greves consecutivas que os trabalhadores têm vindo a realizar.
Manuel Ferreira de Oliveira, que falava num encontro com os jornalistas para apresentar as contas dos primeiros nove meses do ano, disse que as exportações da Galp Energia foram de 2.500 milhões de euros até setembro, sendo que a empresa tinha previsto que o volume de exportação chegue aos 3.500 milhões de euros até dezembro.
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Uma situação que, admitiu o presidente executivo da Galp, poder não ocorrer «devido a alguma instabilidade laboral nas refinarias», as mais afetadas pelas greve, cita a Lusa.
Segundo Ferreira de Oliveira, as reivindicações dos trabalhadores são «impossíveis de satisfazer e impossíveis de negociar porque é não cumprir a lei», já que as novas regras do Código do Trabalho «valorizam de forma diferente o trabalho extraordinário», ou seja, baixa a remuneração do trabalho extraordinário ao contrário do que está inscrito no Acordo de Empresa.
«A Galp cumpre a lei na forma e na substância», afirmou o presidente executivo, acrescentando que se houver «um mês ou dois meses de greve, teremos», até porque «o ambiente já está tão recessivo que não é isso que nos destrói».
Manuel Ferreira de Oliveira fez questão de frisar que houve um investimento de 4.000 milhões nas refinarias, incluindo «stocks», e que o país não se pode «dar ao luxo de parar» este investimento.
Os trabalhadores da Galp Energia estiveram em greve entre 17 e 19 de setembro e 18 e 23 de outubro porque reivindicam, entre outros, «defender a manutenção dos direitos laborais e sociais existentes na contratação coletiva, nos acordos complementares e usos das empresas».
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