A associação de defesa do consumidor DECO recebeu, desde segunda-feira, 390 reclamações e pedidos de esclarecimento de clientes lesados, através da sua sede, delegações regionais e call center, revela a associação esta sexta-feira.
As reclamações surgiram na sequência da agência de viagens Marsans ter fechado algumas das suas 32 lojas que tem em Portugal, durante o fim-de-semana passado, deixando centenas de clientes em terra.
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«Não posso inventar dinheiro para dar às pessoas»
A DECO esclareceu, em comunicado, que na terça-feira, dia 6, esteve reunida com o director-geral da Marsans, que lhe prestou «declarações insuficientes e pouco esclarecedoras», tendo, após a reunião, tomado conhecimento de vários bilhetes de avião cancelados pela própria agência, que havia solicitado o reembolso às companhias aéreas.
O que devem fazer os clientes?
A associação de defesa do consumidor aponta ainda o dedo ao Turismo de Portugal, responsabilizando-o pela falha na «competência de fiscalizar a veracidade das declarações apresentadas pelas agências». Também o accionamento das cauções é da competência, segundo a DECO, do Turismo de Portugal.
Já sobre a caução de 25 mil euros atribuída à Marsans, a DECO partilha da mesma opinião do provedor do cliente das Agências de Viagem e Turismo, Vera Jardim, classificando-a de «manifestamente insuficiente para acautelar os interesses e direitos de todos os consumidores».
A DECO aconselha os clientes da Marsans «contactar directamente o operador para saber se recebeu o pagamento da viagem, accionar a caução que a Marsans tem junto do Turismo de Portugal ou recorrer ao Provedor de Cliente da APAVT» (Associação Portuguesa das Agências de Viagem e Turismo).
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