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Metro Sul do Tejo em risco de parar por falta de dinheiro

Governo deve mais de sete milhões de euros à concessionária em indemnizações compensatórias

A concessão do Metro Sul do Tejo (MST) está em risco de deixar de operar. Em causa estão sete milhões de euros em indemnizações compensatórias que o Governo deve à empresa.

O administrador da concessionária do MST, José Luís Brandão, disse, em entrevista à Lusa, que «se esta situação de atraso no pagamento se arrastar, a concessão não tem meios financeiros para continuar a operar».

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Pelas contas da MTS, o Estado deve à empresa 7,2 milhões de euros, referentes ao terceiro e quarto trimestres de 2009 e ao primeiro e segundo trimestres de 2010.

A Lusa tentou desde segunda-feira obter uma reacção a estas informações por parte do Ministério das Finanças, sem sucesso.

Neste momento, a Metro Transportes do Sul está «em incumprimento contratual com os bancos» e o administrador garante que a partir de Novembro não tem dinheiro para pagar aos 126 empregados da empresa nem aos fornecedores: «Faremos para que não aconteça mas, se, por exemplo, deixarmos de pagar à EDP, o metro deixa de funcionar».

No contrato de concessão, o Estado previa que o MST tivesse uma procura de 80 mil passageiros por dia. Enquanto o número de passageiros esperados não fosse alcançado, o Estado pagaria à empresa - como acontece em todos os contratos deste tipo - indemnizações compensatórias, que são calculadas fazendo a diferença entre os passageiros esperados e os efectivos, menos a taxa de fraude.

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Um em cada quatro passageiros não valida título

«Com base na acção da fiscalização, assegurada por 15 fiscais que controlam entre dez e 15 por cento de passageiros, a fraude seria de 3,9 por cento. O Estado achou pouco», disse José Luís Brandão.

Então, explicou ainda, a empresa alterou o sistema de contagem e instalou sistemas individuais de contagem nas carruagens.

A empresa concluiu que cerca de 25% das pessoas que andam de metro não validam o título, embora aí se incluam também as que têm passe, e que por isso, não estão em incumprimento: «Apresentámos esses números ao Governo há mais de um mês e ainda não obtivemos qualquer resposta formal».

Pelas contas da concessionária, durante os dias de semana, em período escolar, entre 35 e 40 mil passageiros utilizam o MST.

A primeira fase do metro, que inclui as linhas Cacilhas-Corroios, Corroios-Pragal, Cacilhas-Universidade, e abrange os concelhos de Almada e Seixal, está a funcionar desde Novembro de 2008.

Está previsto que até ao fim da concessão, que dura até 2032, o MST chegue até ao Fogueteiro, no Seixal, e ao Barreiro, na segunda e terceira fases do projecto.

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