O presidente do conselho de administração do Montepio disse esta quarta-feira que o memorando de entendimento entre a troika (FMI, BCE e CE) e o governo português é um programa «muito violento e difícil de cumprir».
Para António Tomás Correira o acordo incorpora «de uma forma brutal» um conjunto de medidas, numa prática que «não é muito comum em Portugal», na medida em que «diagnostica, anuncia um conjunto de medidas, quantifica-as e calendariza-as».
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O pacote de medidas que Portugal vai ter de aplicar em troca da ajuda externa vai assim, na opinião do banqueiro, ter consequências ao nível da pobreza e da exclusão.
«Temos 20% dos portugueses a viverem no limiar da pobreza, seriam 42% sem as ajudas do Estado, e esta percentagem vai crescer neste quadro de dificuldades em que nos encontramos», cita a Lusa.
António Tomás Correia falava na abertura da V Conferência sobre «Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente», que decorreu nas instalações do Montepio, em Lisboa.
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