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Moody`s atira Nokia para «lixo» e ameaça cortar mais

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Decisão ocorre um dia depois da empresa ter anunciado um plano de reestruturação

A agência de notação financeira Moody`s baixou esta sexta-feira o rating da Nokia, atirando a classificação da fabricante de telemóveis finlandesa para o «lixo» e ameaçou cortar mais o rating em breve.

A decisão ocorre um dia depois da empresa ter anunciado um plano de reestruturação. A Nokia vê assim a sua notação baixar de Baa3 para Ba1, com perspetiva negativa.

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«A decisão de hoje reflete a nossa opinião de que o ambicioso plano de reestruturação da Nokia leva a uma pressão sobre os resultados e de consumo de [reservas] de dinheiro maior do que o esperado», disse o vice-presidente sénior da Moody`s, Wolfgang Draack, citado pela Lusa.

A Nokia anunciou na quinta-feira que vai reduzir 10.000 postos de trabalho, ou seja, 7% dos empregos a nível mundial, encerrar centros de produção e focar o negócio em áreas específicas, entre outras medidas, para reduzir os custos e conseguir concorrer com as outras empresas do setor.

Apesar da redução da notação financeira, a Moody`s considera que o compromisso assumido pela Nokia no sentido de reestruturar a empresa «é positivo e necessário para que o grupo regresse aos lucros».

A agência de rating salienta que o regresso aos lucros depende do sucesso da Nokia em migrar a sua gama de 'smartphones', ou telemóveis inteligentes, para o novo sistema operativo do Windows e estabilizar o negócio de aplicações.

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Em Portugal, a Nokia tem 15 trabalhadores. A queda do fabricante finlandês, líder mundial do setor até há poucos meses, começou com a aposta da Apple nos telemóveis inteligentes, ao lançar o primeiro iPhone, em janeiro de 2007.

Desde então, a Nokia perdeu 85% do seu valor em bolsa, viu a sua rentabilidade cair e cedeu ao grupo sul-coreano Samsung a liderança mundial, tanto em termos de lucros no segmento de smartphones como no mercado global dos telemóveis.

Tanto a Samsung, com os seus telemóveis com Android, como a Apple e o seu iPhone, ultrapassaram os modelos Nokia, que estavam assentes em Windows Phone e Symbian.

No primeiro trimestre deste ano, a Nokia vendeu 8,2% de todos os telemóveis inteligentes que se comercializaram a nível mundial, o que compara com os 30,6 por cento da Samsung e os 24% da Apple, segundo a consultora tecnológica Strategy Analytics.

A situação da Nokia está a preocupar a Finlândia, país que mais sofreu com os 40.000 despedimentos anunciados desde a chegada de Elop ao grupo, com o fecho de várias fábricas de centros de investigação e desenvolvimento.

As medidas anunciadas preveem o encerramento da unidade de Salo, a última que o grupo mantém naquele país nórdico, e o despedimento de cerca de 3.700 empregados finlandeses.

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