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Partido espanhol faz queixa contra Bankia

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Lista de imputados conta com ex-presidente da entidade, Rodrigo Rato, entre outros

A Audiência Nacional espanhola admitiu esta quarta-feira a queixa apresentada pelo partido UPyD contra a Bankia - que solicitou uma intervenção do Estado - citando como imputado o ex-presidente da entidade, Rodrigo Rato, entre outros responsáveis.

Fontes judiciais confirmaram que além de Rato estão na lista de «imputados» - pessoas que o tribunal quer ouvir e pode, posteriormente, constituir arguidos - mais de 30 conselheiros das caixas que foram o grupo Bankia.

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Entre eles figuram José Luis Olivas, ex-presidente da Bancaja, e o ex-ministro Ángel Acebes.

O juiz da Audiência Nacional Fernando Andreu adotou a decisão depois da Procuradoria Anticorrupção ter apresentado um texto a favor da queixa que a União Progresso e Democracia (UPyD) apresentou por burla e outros delitos contra todos os membros do conselho de administração da Bankia e da sua holding, a BFA.

Em junho já um grupo de elementos ligados ao «movimento 15M» entregou na justiça um processo contra Rodrigo Rato e os restantes elementos da direção da Bankia.

A queixa deu entrada hoje na Audiência Nacional em Madrid e conta com o apoio de, pelo menos, 13 acionistas que, segundo Juan Moreno, o advogado contratado pelo movimento 15M, foram «completamente enganados» pelo Conselho de Administração em funções no Bankia em 2011, e do qual fazia parte Rodrigo Rato, antigo ministro dos governos do PP de José Maria Aznar e antigo membro da direção do Fundo Monetário Internacional.

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A iniciativa do movimento 15M foi organizada na semana passada através das redes sociais, que em menos de 24 horas conseguiu reunir 19.413 euros, o que superou os 15.000 euros necessários para contratar o advogado de Sevilha disposto a aceitar o caso.

Através das redes sociais foram também reunidas informações e testemunhos de trabalhadores da entidade bancária, assim como de acionistas que se consideram enganados.

O processo pretende levar Rodrigo Rato a tribunal pelo alegado delito de falsidade no processo de cotização em bolsa do Bankia em 2010. Na altura, as ações do banco valiam 3,75 euros e atualmente estão cotadas a 1,0 euro.

O resgate público do Bankia, no montante de 23,5 mil milhões de euros, precipitou Espanha numa crise financeira e conduziu a Zona Euro a anunciar no sábado um plano de ajuda aos bancos espanhóis.

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