Portugal tem capacidade para amortizar as Obrigações do Tesouro que vencem em Abril e em Junho, ou seja, consegue pagar os empréstimos de dívida cujo prazo para reembolso está prestes a terminar. A garantia é dada pelo secretário de Estado do Tesouro, num comentário escrito enviado à Bloomberg.
Carlos Costa Pina diz que Portugal deve fazer tudo ao seu alcance para evitar recorrer a apoio financeiro externo, pois isso «implica estar fora dos mercados durante pelo menos cinco anos, com um agravamento das condições de financiamento do sector privado, das empresas e das famílias».
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O governante reafirma, no entanto, a mensagem que tem vindo a ser veiculada pelo Executivo de que Portugal tem capacidade para pagar a dívida que vence nos próximos meses, em especial das linhas de obrigações do tesouro que vencem em Abril e Junho, que após a última operação de recompra apresentam um saldo vivo (a amortizar) de 4.252 milhões de euros e de 4.899 milhões de euros, respectivamente, nota a Lusa. A atender para os encargos que o país tem já no próximo mês, os cofres do Estado estão quase a esvaziar.
«Portugal tem condições para fazer face ao compromissos de amortização de dívida programados para 2011, especialmente das amortizações de dívida de longo prazo que irão ter lugar em Abril e Junho».
No entanto, os juros exigidos pelos investidores no mercado secundário continuam a bater máximos históricos. Ainda esta manhã a taxa exigida para deter títulos de dívida soberana a cinco anos superou a fasquia dos 9% e mantém-se acima dos 8% na grande maioria dos prazos.
Note-se que, segundo o IGCP, Portugal já assegurou 36% das suas necessidades de financiamento de médio e longo prazo para este ano.
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