Cerca de 300 lusodescendentes podem ser afetados pela decisão anunciada esta quirta-feira pelo fabricante automóvel Peugeot/Citroen de despedir 8 mil trabalhadores em França.
«A maioria dos operários portugueses da Peugeot, que eram portugueses de primeira geração, já está aposentada. Há cerca de 300 lusodescendentes, na sua maioria de segunda geração, que já têm nacionalidade francesa», disse à Lusa o embaixador de Portugal em Paris, Francisco Seixas da Costa.
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Segundo Seixas da Costa, estes trabalhadores, «normalmente operários especializados», são aqueles que «podem ser afetados» pela decisão do construtor francês.
«O importante é garantir que os direitos são respeitados. Nós naturalmente estamos disponíveis para prestar apoio de natureza jurídica, mas tratando-se de cidadãos franceses, naturalmente que a defesa desses direitos é no quadro da própria cidadania francesa que eles possuem».
De qualquer modo, Seixas da Costa mostrou-se surpreendido com a decisão da empresa, qualificando-a de «grave e difícil», fugindo ao controlo da embaixada portuguesa.
O maior fabricante de automóveis de França e o segundo da Europa, depois do alemão Volkswagen, disse esperar que o mercado europeu registe este ano uma quebra de 8% e que o seu negócio caia consequentemente 10%. A empresa argumenta que precisa de se ajustar a esta realidade perante perspetivas de agravamento da situação.
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