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Portugueses gastam 678 milhões em compras pela Internet

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Dados da SIBS apontam para 8,4 milhões de transações, sendo que 1,2% do total das compras foram pagas com cartão bancário

[Notícia atualizada às 15h00 com mais informação]

Os portugueses gastaram 678 milhões de euros em compras pela Internet em 2011, correspondentes a 8,4 milhões de transações e a 1,2 por cento do total das compras pagas com cartão bancário.

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Os dados foram avançados esta terça-feira pelo presidente da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), Vítor Bento, e constam no relatório «SIBS Market Report», o primeiro a divulgar os valores reais do setor dos pagamentos e que passará a ser divulgado semestralmente.

Vitor Bento adiantou também que, no ano passado, o total das compras pagas com recurso a cartão bancário situou-se nos 29 mil milhões de euros, correspondentes a mais de 723 milhões de compras.

O responsável afirmou que embora as compras online tenham vindo a ter «uma evolução notória» face a 2007 (0,7%), a verdade é que ainda «são marginais face ao total de transações circunscrevendo-se a um nicho da população portuguesa».

Já o valor médio das compras online «é superior ao dobro do valor médio das compras presenciais», tendo em conta que há muitas compras de viagens e pacotes de férias, cujo valor unitário é elevado.

«As compras online efetuadas em companhias aéreas têm um valor médio de 235 euros e as compras em agências de viagens um valor médio de 222 euros», disse Vítor Bento, citado pela Lusa.

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Além disso, os portugueses também compram na Internet produtos de cultura, como livros e música, assim como de eletrónica.

Na apresentação do relatório, questionado pelos jornalistas, o responsável disse que que o Governo cometeu um erro quando passou a utilizar o sistema financeiro como instrumento de controlo fiscal nas transações com cartões.

«Esta medida pode ter dado um bom resultado em algumas jogadas, mas não resolve o problema que o fisco tem de resolver a longo prazo e pode ter efeitos contraproducentes no imediato», disse Vítor Bento, citado pela Lusa.

Considerando que esta medida representa um «retrocesso» no sistema de pagamentos nacional, Vítor Bento disse ser óbvio que, «sobretudo as áreas que estão habituadas a práticas diferentes, vão defender-se utilizando menos as transações eletrónicas, o que significa, em última instância, um estímulo à informalidade da economia».

«Aquilo que é normal é criar incentivos para que os utilizadores paguem eletronicamente, precisamente para aumentar a formalidade da economia», disse Vítor Bento, defendendo que quando se coloca a questão do lado do comerciante, «cria-se um inventivo adverso à utilização dos meios eletrónicos».

Segundo Víor Bento, é transformação de «um jogo de jogada única num jogo de jogadas múltiplas».

Certo é que os portugueses parecem cada vez mais adeptos de compras pela Internet.

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