O presidente do BCP afastou na passada tarde a possibilidade de o banco vir a fazer mais aumentos de capital e reiterou que «tudo fará» para não ter de recorrer ao fundo de apoio de 12 mil milhões de euros.
«Aquilo que já dissemos é que tudo faremos para não necessitarmos de recorrer ao capital público. É um statement que posso aqui repetir: O Millenium tudo fará para não precisar de recorrer ao capital público para cumprir os requisitos das autoridades de supervisão», disse Carlos Santos Ferreira.
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Incluídos no pacote de ajuda internacional de 78 mil milhões de euros estão 12 mil milhões de euros reservados para apoio aos bancos portugueses.
Carlos Santos Ferreira afirmou também, numa sessão para apresentar os resultados da terceira fase do aumento de capital do banco, que «não está previsto» mais nenhum aumento de capital.
«Este aumento de capital - que decidimos fazer exatamente neste montante - era exatamente aquilo que precisávamos para passar de um Core Tier 1 de 6,6 para um pro forma de março de 8,8», disse o presidente do BCP.
«Isso permite-nos responder aos requisitos das entidades de supervisão quer neste ano quer no próximo. Há um caminho a fazer e tencionamos fazê-lo com o nosso trabalho e os nossos meios», sublinhou.
O core tier 1 mede a solidez de um banco, uma vez que estabelece o nível mínimo de capital que as instituições devem ter em função dos requisitos de fundos próprios decorrentes dos riscos associados à sua actividade.
A entidade supervisora dos bancos em Portugal é o Banco de Portugal, que exigiu às instituições que consigam ter rácios de core tier 1 mínimos de nove por cento a partir de 31 de Dezembro de 2011 e de 10 por cento a partir de 31 de Dezembro de 2012.
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