A EDP fica definitivamente nas mãos dos chineses já esta sexta-feira. O processo de privatização da elétrica fica fechado nesse dia.
A China Three Gorges (CTG) completará o pagamento ao Estado português de 2,7 mil milhões de euros acordado pela empresa, anunciou esta segunda-feira o presidente da CTG.
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«Está tudo acertado. Amanhã parto para Lisboa e no dia 11 fechamos o acordo», disse à agência Lusa, em Pequim, o presidente da CTG.
Cao Guangjing considera o acordo «muito importante» para as duas empresas. «Não somos apenas acionistas, somos parceiros, que apoiamos plenamente o desenvolvimento da EDP e, ao mesmo tempo, vamos trabalhar juntos para desenvolver novos negócios».
O responsável chinês realçou ainda que a entrada da CTG no capital da EDP «irá aproximar Portugal e a China». «A State Grid já está também em Portugal e mais companhias chinesas irão investir em Portugal».
Conforme previsto no contrato com o Estado português, a CTG já pagou cerca de 600 milhões de euros e até junho deveria pagar mais 2,1 mil milhões de euros pela compra de 21,35% do capital da EDP, tornando-se o maior acionista da empresa.
O segundo pagamento, e consequente passagem das respetivas ações para o nome da CTG, encerra a privatização da EDP, disputada também pelas empresas brasileiras Eletrobras e Ceming e a alemã E-On, que ficaram pelo caminho.
Fundada pelo governo chinês em 1993, para construir e gerir o maior complexo hidroelétrico do mundo - a barragem das Três Gargantas, no rio Yangtze -, a CTG é considerada uma das principais empresas da China na área das energias renováveis e está envolvida em projetos hidroelétricos em 26 países.
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