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REN: limite máximo aos direitos de voto sobe para 25%

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Filipe de Botton, da Logoplaste, manifestou-se contra a medida, por considerar que não tem «suporte legal»

A alteração ao limite dos direitos de voto na REN, dos atuais 10 para 25 por cento do capital, foi esta terça-feira aprovada na assembleia-geral de acionistas, com a abstenção da Logoplaste, que se recusou a votar uma proposta «sem suporte legal».

O presidente da Logoplaste, Filipe de Botton, que detém 8,4 por cento da REN, através da EGF - Gestão e Consultoria Financeira, explicou que se absteve de votar a alteração do limite aos direitos de voto, por considerar que não deve existir qualquer limitação a esses direitos.

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«Fiz a sugestão à mesa da assembleia-geral, que não vingou, de suspender esse ponto da votação, porque não tem enquadramento legal», disse, na reunião magna, em que foi dado mais um passo para concretizar a privatização da empresa liderada por Rui Cartaxo, escreve a Lusa.

O aumento do limite máximo aos direitos de voto tem como objetivo permitir a entrada dos chineses e dos árabes.

Com os atuais estatutos, os chineses da State Grid, que adquiriram 25% do capital, e os árabes da Oman Oil Company, que compraram uma participação de 15%, não podiam exercer os respetivos direitos de voto.

Já à chegada à assembleia-geral, o presidente da Logoplaste disse ser «contra qualquer limitação aos votos», considerando que a introdução de restrições não é vantajosa para os demais acionistas.

Filipe de Botton disse «não ser apologista que não haja qualquer restrição», realçando que está em curso uma alteração ao Código dos Valores Mobiliários que pretende acabar com qualquer restrição ao limite de votos nas empresas cotadas e não cotadas.

«Defendemos a aplicação da lei geral na REN. Não concordamos que exista essa restrição, porque achamos que não é vantajoso para os demais acionistas, porque impede que outras empresas se possam juntar e ter mais que esses 25 por cento».

Em causa estava o ponto 9 da ordem de trabalho, que visa a alteração do artigo 12.º dos estatutos da gestora das redes energéticas para prever a contagem de votos emitidos por acionistas até um máximo de 25 por cento da totalidade dos votos correspondentes ao capital social.

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