[Notícia actualizada às 16h]
Presente na assembleia-geral (AG) de accionistas, o advogado que representa a Telefónica ficou «irritado» com a decisão final saída da reunião, tendo feito uma declaração de voto. A Telefónica ficou de fora da votação por «conflito de interesses» e o Estado usou a «golden-share», vetando o negócio.
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Quase cinco horas após a CMVM ter retirado as acções da PT do mercado, os títulos voltaram a negociar, a perder 6%. Também as acções da Vivo, seguiam em queda na bolsa de São Paulo.
Apesar de a maioria dos accionistas terem dado luz verde à venda, foi o presidente da mesa da assembleia-geral deu como terminados os trabalhos depois de ter aceite o voto contra do Estado que inviabiliza, para já, o negócio.
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Para tal, o Governo utilizou a «golden-share» (500 acções de classe A) que permite vetar decisões estratégicas para a empresa.
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Granadeiro e Bava não esperavam que Estado usasse «golden-share»
Em termos percentuais, a venda da Vivo teria sido aprovada por 74 por cento do capital representado na AG, ao passo que 26 por cento votou contra, mas o Estado resolveu determinar a manutenção da operadora móvel brasileira em mãos portuguesas.
«Golden-share é perfeitamente legal»
À saída, Santiago Valbuena, administrador financeiro da Telefónica, saiu a passo apressado sem fazer declarações aos jornalistas. Já o maior accionista da PT, o BES, prometeu explicações para esta tarde.
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Segundo um pequeno accionista presente na reunião, a decisão da PT se manter na Vivo foi «uma boa opção». No entanto, a Telefónica pode, agora, «impugnar a decisão e ir para o Tribunal Europeu», devido ao recurso da «golden-share», explicou José Tomás Sousa, accionista minoritário da PT.
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O presidente da mesa da AG já garantiu a legalidade do recurso à posição especial que o Estado detém na operadora nacional.
Pequenos accionistas disseram «não» à Telefónica
«Quase todos os pequenos accionistas votaram contra a venda da Vivo», disse à AF José Tomás Sousa, accionista minoritário da Portugal Telecom, à saída da assembleia-geral que esta quarta-feira ditou a permanência da operadora nacional no capital da maior empresa móvel do Brasil.
«Os pequenos accionistas perceberam que a promessa de aumento de dividendo era uma mentira, uma traição. Nenhuma empresa de fora pode prometer uma subida de dividendo», explicou José Tomás Sousa.
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