É mais uma entre as milhares de aplicações disponíveis para o iPhone e para o iPad. Mas está a dar que falar, não só por ser uma novidade, mas sobretudo por causa do que permite fazer. Pois é, se já pensava que tinha visto tudo, ora aqui vai: já pode confessar-se no seu próprio smartphone ou tablet, se descarregar a aplicação iPrayer.
Mas atenção que esta app não pretende ocupar o lugar de uma confissão real. Quer antes ajudar os católicos a preparar esse ritual sagrado de penitência pelos pecados cometidos, segundo a Associated Press.
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Pagar para confessar
O iPrayer funciona, no fundo, como um guia para os católicos cumprirem os Dez Mandamentos, tendo cada um deles algumas questões associadas. De entre vários blocos de pecados - e há mesmo muitos - poderá escolher o(s) seu(s). Só que, aqui, terá de pagar para se confessar, ainda que apenas por uma vez, já que descarregar a aplicação custa-lhe 1,99 euros.
Depois da «confissão», o iPrayer dá-lhe ainda um texto que pode ler a um padre real. E será ele que absolverá os seus pecados.
Vaticano proíbe católicos de caírem nesta tentação
Ora nem encarando o iPrayer mais como um guia convence o Vaticano. «É essencial entender que os rituais de penitência exigem um diálogo pessoal entre o penitente e o seu confessor. Não pode ser substituída por uma aplicação informática», disse o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, citado pela AFP.
Mais: «Devo salientar, para evitar qualquer ambiguidade, que sob nenhuma circunstância é possível confessar-se pelo iPhone».
O Vaticano já veio assim pôr um pé no travão às tentações dos católicos. Admitir pecados só mesmo na presença de um padre. Sem tecnologias à mistura. E o leitor, concorda?
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