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OE 2010: João Duque diz que défice de 9,3% é «empolado»

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Economista comenta valor para 2010, de 8,3%, e considera que «não há redução nenhuma»

O economista João Duque classificou esta quarta-feira de «forçado» o valor estimado pelo Governo no Orçamento do Estado que aponta para um défice de 9,3 por cento em 2009, número que o especialista diz ter sido «empolado», escreve a agência Lusa.

«Eu acho que não há redução nenhuma, cheira-me que há aqui um empolamento porque as contas não batem certo. O valor de 9,3 por cento é forçado para que apareça uma redução para 8,3 por cento», disse João Duque à Agência Lusa.

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Os números estimados pelo Governo apontam para um défice de 15.366,2 milhões de euros no ano passado (9,3 por cento) e projecta ainda que o Estado deverá contrair um défice na ordem dos 13.954,4 milhões de euros este ano (8,3 por cento).

«Há aqui contas que não me parecem muito acertadas, de um modo geral, pelo que vamos ter um ano igual ao ano anterior, com um aperto nos funcionários públicos para não aumentarem salários e com um agravamento do desemprego» na ordem dos 9,8 por cento que, segundo o especialista, se deve «à quebra do investimento».

Trata-se, segundo João Duque, de um Orçamento que «não muda a impressão sobre a economia portuguesa, que não resolve e que não arranca da resolução».

Instado a comentar sobre se este Orçamento reforça ou não a credibilidade de Portugal junto das agências de rating e das instituições internacionais, o economista aponta «falhas» neste ponto.

Nesta matéria, o Orçamento «falha porque não dá um sentido de viragem claro» na medida em que «não há um corte muito forte com aquilo que foi o nosso passado recente e vai desiludir a opinião do mercado internacional».

«Eu tinha uma expectativa de que houvesse uma atitude mais tecnocrática e não uma atitude política», concluiu o economista.

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