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OE2011: «Mais inflexível do que eu são os mercados», diz Teixeira dos Santos

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Ministro das Finanças avisa que «é preciso um Orçamento que acalme o mercado», adiantando que «não podemos brincar com o fogo»

Esperançado ainda que Governo e PSD cheguem a um acordo sobre o Orçamento do Estado, Teixeira dos Santos disse esta quarta-feira, ao final da noite, que «não podia aceitar um acordo qualquer: em particular, um acordo que nos desviasse do défice e que ferisse ainda mais a confiança que os mercados têm em nós. Mais inflexível do que eu são os próprios mercados».

«É preciso um Orçamento que acalme o mercado», disse ainda, explicando que o Governo não pode «permitir que germine a ideia de que Portugal não cumprirá os 4,6% do défice. Não podemos brincar com o fogo».

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À entrada para a reunião com o grupo parlamentar do PS, Teixeira dos Santos sublinhou que foi ao «encontro de grande parte das propostas do PSD», mas que os sociais-democratas têm de estar «disponíveis para viabilizar medidas que compensem os efeitos, sem afectar o objectivo do défice».

Ancorado no cumprimento do objectivo do défice em 4,6%, em 2011, o ministro das Finanças recordou que o sector privado, e a banca, sentem já «dificuldades de financiamento. Só o BCE é um canal significativo de financiamento da nossa economia e (...) o Banco Central Europeu também não está disponível para continuar enquanto não vir da parte de Portugal o sinal de que vamos cumprir o objectivo do défice».

Mas para Teixeira dos Santos «não é realista querer cortar mais» na despesa, e caso tais cortes fossem levados a cabo, «teria consequências [negativas] para as forças de segurança, as escolas e a saúde». Pouco antes de falar aos jornalistas na Assembleia da República, o ministro deu uma entrevista à RTP em que se recusou a «esconder a despesa» ou a «trocar receitas certas por um corte duvidoso e incerto».

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