A crise está a dificultar a vida aos bancos e ao próprio Estado quando estes tentam obter crédito no mercado externo, admitiu esta quarta-feira o ministro de Estado e das Finanças.
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Teixeira dos Santos, que falava no Parlamento, durante o debate do programa de austeridade, pediu aos deputados que aprovassem urgentemente as medidas de austeridade, incluindo o aumento do IVA e as sobretaxas de IRS e IRC, porque o país «não pode esperar».
«A crise da dívida soberana está a dificultar o acesso aos meios de financiamento internacionais não só ao Governo, como ao sector bancário», explicou. A aprovação das medidas de austeridade pode ser uma forma de o país «sinalizar quanto antes o esforço adicional de consolidação e assegurar os consensos necessários».
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«Por muito impopulares que sejam as medidas de consolidação adicionais são essenciais para reequilibrarmos as contas públicas e para que Portugal restaure a sua credibilidade externa que merecidamente granjeou», acrescentou Teixeira dos Santos.
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O ministro fez ainda outro pedido aos deputados: é que é necessário alterar a lei do orçamento o quanto antes para que Portugal possa contribuir com a sua quota-parte para o megafundo europeu destinado a ajudar os países com dificuldades de financiamento.
«Para que Portugal se possa comprometer, juntamente com os seus parceiros europeus, com a totalidade da sua participação. Terá que ser alterado o limite de garantias previsto na Lei do Orçamento do Estado», disse o ministro.
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No final do debate, as medidas do pacote de austeridade foram aprovadas com os votos favoráveis do PS e PSD, como era já esperado. Todos os outros partidos votaram contra.
[Actualizada às 20 horas com o resultado das votações]
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