O primeiro-ministro disse este sábado que os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o risco de pobreza, que afetava quase 2 milhões de portugueses em 2013, são um «eco» do que o país passou, mas não a situação atual.
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«A notícia como eu referi que veio ontem divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística é um eco daquilo por que passámos, não é a situação que vivemos hoje, reporta àquilo que foi a circunstância que vivemos, nomeadamente em 2013 que foi, talvez, o ano mais difícil em que o reflexo de medidas muito duras tomadas ao longo do ano de 2012 acabaram por ter por consequência»
«Foi indispensável, portanto, recorrer a muita criatividade, a muito trabalho de ampla generosidade destas instituições e, também, a um reforço de meios que o Estado teve de colocar à sua disposição para que pudéssemos ter preservado a coesão social»
«Tivemos menos rendimentos todos, mas não tivemos mais dificuldades na forma como eles estavam distribuídos, tivemos até, em alguns aspetos, aqueles que tinham maiores rendimentos a dar um contributo maior do que aqueles que tinham menos», assinalou.
Para o chefe do Executivo, apesar de a «fase mais difícil» ter ficado ultrapassada, «ainda há riscos» que precisam de ser olhados «com muita atenção».
«O facto de o pior ter passado não quer dizer que não haja pessoas que estejam hoje ainda muito carenciadas, famílias que passam por grande vulnerabilidade», reconheceu Passos Coelho, apontando a «taxa de desemprego demasiado elevada» ou «pessoas que vivem em bolsas de pobreza que precisam da ação do Estado e da ação das instituições sociais».
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