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Défice: Governo vai cumprir meta e não pede mais tempo

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Primeiro-ministro garante ainda que este vai ser «o ano de viragem económica»

Pedro Passos Coelho garantiu esta sexta-feira, no primeiro debate quinzenal de 2012, que «o Governo está determinado em cumprir metas e não vai pedir mais tempo» à troika.

O primeiro-ministro falava do défice de 2012, que terá de ficar nos 4,6%, segundo memorando de entendimento assinado pelo Governo com a União Europeia, BCE e FMI.

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Uma meta que, para o líder do PS, António José Seguro, dificilmente ficará em linha com o acordado, já que «as condições mudaram» e «estão a ser exigidos mais sacrifícios às pessoas e às empresas».

Exigências que o responsável do Executivo, admite, mas que, garante, «não vão ser em vão».

«Vamos ter um ano de grandes exigências, mas que será também um ano de viragem económica para o país, é aquilo em que o Governo e também eu próprio firmemente acreditamos». Mas, para isso, Passos propõe uma estratégia diferente da do responsável pelo maior partido da oposição.

«Sabemos que os tempos que se avizinham não são fáceis. Se a Espanha entrar em recessão, evidentemente, isso se reflectirá na nossa condição. Mas, se cada vez que houver um poblema, viermos para a praça pública pedir mais tempo, mais liquidez para desalavancagem, conseguiremos precisamento o oposto: uma imagem de descontrolo».

«Numa altura em que a Grécia não consegue cumprir e nós estamos a conseguir, o senhor quer que demos a imagem que o que queremos é renegociar?», questiona Passos Coelho a Seguro.

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O líder do PS ouviu, mas respondeu: «Há um aumento dos sacrifícios exigidos. O senhor não está a olhar para as pessoas e para as dificuldades das empresas. O senhor está apaixonado com a austeridade».

Uma acusação que não ficou sem resposta: «Não tenho tendência de me apaixonar pelos filhos enjeitados dos outros» - uma frase que marcou o debate.

Pedro Passos Coelho quis ainda sublinhar: «Nada de substancial mudou nas duas novas versões do memorando, não houve nenhuma descaracterização do documento».

Apoio para PME: Governo dá «apenas» 900 milhões

O rol de perguntas e respostas entre José Seguro e Passos Coelho arrancou com o debate sobre a nova linha de apoio às pequenas e médias empresas, anunciada ontem pelo ministro da Economia, no valor de 1.500 milhões de euros.

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Deste valor, 600 milhões «vêm do programa passado», esclareceu o primeiro-ministro.

Contas feitas, «o diferencial são 900 milhões, que são as novas disponibilidades que acrescem aos financiamento da economia».

Um valor muito abaixo dos 500 milhões de euros, proposto pelo socialista, para ser negociado com o Banco Europeu de Investimento. «Isso sim é injectar dinheiro nas empresas», disse Seguro.

Sobre esta proposta, Passos garantiu que não a deixou cair, sem garantir, no entanto, o valor que poderá seleccionar para as PME.

Certo é que a grande aposta do Executivo PSD/CDS pareceu ser a nova lei do arrendamento, «proposta-bandeira» que deu início ao debate desta sexta-feira.

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