O economista Paul Krugman assegurou esta sexta-feira em Atenas que a saída da Grécia do euro seria «um inferno» e que a mudança para uma nova moeda teria também «graves consequências» para o país.
Numa conferência realizada na capital grega, o Prémio Nobel da Economia defendeu um «compromisso honesto» nas negociações entre o Governo grego e as instituições, nomeadamente a Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, e opôs-se à continuação da política de austeridade.
Na sua intervenção, Paul Krugman disse que a Grécia e toda a Eurozona devem realizar reformas.
«É preciso entender o que correu mal nos últimos seis anos», afirmou, sublinhando que apesar de alguns defenderem que o euro foi um erro, agora não se pode voltar atrás.
«Temos de encontrar uma solução fiscal, mas a questão é como fazer as economias competitivas sem desvalorizações cambiais», destacou Krugman, acrescentando que no caso da Grécia bastaria melhorar o rendimento em dois dos três setores de exportação.
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Esta tarde, o comissário europeu, Pierre Moscovici, avisou que um acordo decisivo sobre a Grécia poderá acontecer só daqui a um mês e baixou as expectativas sobre a reunião do Eurogrupo da próxima semana.
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