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Stormharbour tinha de analisar detalhadamente contratos swap

Objetivo era garantir melhor negociação com a banca por parte do IGCP

O diretor da StormHarbour Portugal, Paulo Gray, explicou esta quarta-feira aos deputados da comissão de inquérito aos contratos swap que o contributo da consultora foi «analisar detalhadamente» as operações e tornar à prova de bala o diálogo do IGCP com os bancos.

«O IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) já tinha conhecimento dos mercados, mas o trabalho da StormHarbour era deixar o IGCP com nível de conhecimento equiparado, senão superior, a quem estava no outro lado da mesa de negociações [bancos]», disse Paulo Gray.

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O responsável disse ainda que a consultora fez igualmente uma «recolha permanente de informação», assim como «um trabalho de regresso ao passado», de análise da génese das operações, incluindo reestruturações, cita a Lusa.

«88 fichas técnicas acabam por ser 200 fichas técnicas. Era muito importante para tornar totalmente à prova de bala o diálogo do IGCP com as instituições financeiras que todos os elementos que tinha estavam consubstanciados quer nas fichas técnicas quer nos reflexos todos destas fichas técnicas», afirmou.

Paulo Gray, que foi administrador do Citigroup Portugal entre julho de 1988 e maio de 2011, explicou ainda que o contributo da StormHarbour foi «analisar detalhadamente as operações» para que houvesse uma melhor negociação por parte do IGCP.

«O papel da StormHarbour neste contrato foi um auxiliar do IGCP na negociação, através da decomposição das operações para que o ICGP tivesse todas as ferramentas analíticas para poder avaliar e poder negociar com os bancos», reforçou.

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Durante a sua audição, em que dispensou fazer uma intervenção inicial, Paulo Gray explicou também que a StormHarbour analisou cada uma das operações no momento em que foram contratadas e criou cinco graus de complexidade, correspondendo o primeiro aos swap simples e o quinto aos contratos de derivados mais complexos, como o snowball.

O responsável frisou que a consultora analisou do ponto de vista quantitativo as operações contratadas, com base em fichas técnicas.

«Foi um trabalho exaustivo, mas a informação que foi prestada à StormHarbour foi julgada suficiente», afirmou.

A StormHarbour Portugal foi a consultora escolhida em 2012 pelo IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública para avaliar os swap problemáticos contratados pelas empresas públicas, tendo recebido por esses préstimos quase meio milhão de euros.

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