O ano de 2010 é pouco risonho, mas as previsões da Ernst & Young (E&Y) são ainda piores do que as estimativas. A taxa de desemprego vai continuar a aumentar - dos actuais 10,3% - e deve ficar nos 10,6% este ano.
Taxa de juro vai subir para 3,3% em 2012
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Afinal ficar em casa pode ser mais rentável do que trabalhar
«O desemprego deve permanecer em níveis elevados em 2011 e 2012, uma vez que as previsões de crescimento deixam antever que há pouca esperança para uma grande alteração do mercado laboral nos próximos anos», refere a E&Y no seu relatório da primavera com as perspectivas para a Zona Euro.
A partir de 2011, a taxa de desemprego deverá recuar para os 9,5% e para os 9, 8,8 e 8,7% nos anos seguintes.
«Qualquer derrapagem nas metas pode ter efeitos terríveis
Como resultado do enfraquecido mercado laboral e do corte nos salários públicos, no sector privado são esperados aumentos moderados. Desta forma, o consumo privado deverá crescer para os 1,6% este ano, mas abrandando em 2011 para os 0,7%.
Mas não é só para o emprego que a E&Y é pessimista. Os especialistas acreditam que o défice português vai recuar ligeiramente este ano para os 8,5%, contrariando assim as estimativas do Governo de 8,3%. Já a dívida pública vai ficar nos 90,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, mais uma vez ficando acima dos valores inscritos no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) nos 86%.
Todos estes indicadores demonstram que os especialistas consideram que o Governo está a ser ambicioso, aliás, defendem que as medidas do PEC para este ano são modestas. E mais: «Qualquer pequena derrapagem nas metas fiscais pode ter efeitos terríveis sobre a credibilidade do país e provocar reacções adversas dos mercados financeiros».
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