Portugal está no centro desta cimeira. José Sócrates foi esperado esta quinta-feira por dezenas de jornalistas internacionais e depois seguido pelas câmaras que registam esta reunião em Bruxelas.
Numa cimeira em que vão ser adiadas algumas decisões do fundo de resgate europeu, nomeadamente a forma como aumentar a sua capacidade de financiamento, vamos ter mais uma vez uma reunião europeia, com potencial para provocar mais instabilidade nos mercados.
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Portugal pode esperar que os países europeus perguntem se o país continua em condições para se financiar nos mercados, mas também é bem provável que José Sócrates não saia sem um puxão de orelhas, uma vez que a demissão do Governo e a situação de crise política nacional tem sido recebida em Bruxelas com perplexidade.
Os líderes vão tentar o plano A, pedir garantias ao primeiro-ministro demissionário e a Pedro Passos Coelho - que esta manhã esteve reunido com Angela Merkel no encontro do PPE - que dêem garantias de que as metas gerais do défice serão cumpridas, qualquer que seja o próximo a formar governo.
Face à demissão do Governo, depois do chumbo do PEC 4, alguns líderes europeus falam na possibilidade de Portugal pedir ajuda - o plano B -, e as declarações de Jean-Claude Juncker não ajudam a este cenário: o presidente do Eurogrupo mudou o discurso em relação a Portugal e não exclui agora um pedido de ajuda, estimando que o montante apropriado poderá chegar aos 75 mil milhões de euros.
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