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O presidente da TAP, Fernando Pinto, apelou esta terça-feira ao bom senso dos tripulantes de cabine e disse-lhes que o prejuízo causado pela greve de quatro dias que está a terminar vai afetar negativamente os resultados de 2014 da empresa.
«Completa-se hoje o ciclo de quatro dias de greve anunciado pelo SNPVAC [Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil] no dia 03 de outubro. Foram dois meses em que a TAP esteve sob o foco da comunicação social por razões negativas. Poderia dizer-se que está tudo na mesma, mas não é verdade, a nossa empresa está pior», diz Fernando Pinto numa mensagem enviada ao final do dia ao pessoal de cabine, a que a Lusa teve acesso.
Fernando Pinto salienta que a concorrência no transporte aéreo, cada vez mais intensa, penaliza fortemente as companhias que vivem períodos de instabilidade interna.
«As greves são ações de força, cujo objetivo é pressionar as empresas a aceitar as propostas defendidas pelos sindicatos, mas é preciso compreender que nem sempre é possível atender a tudo o que é proposto, sendo irresponsável da nossa parte não acautelar o que, estamos convictos, são os interesses da TAP como um todo», diz o gestor na mesma mensagem.
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O gestor reconheceu a importância do pessoal de cabine numa companhia de aviação e lembrou o «último esforço de diálogo com o SNPVAC» com vista a um entendimento, que não se chegou a concretizar.
O presidente da TAP refere a denúncia do Acordo de Empresa por sua iniciativa e salienta que o SNPVAC tem agora oportunidade de apresentar a sua proposta e as duas partes «têm 18 meses para chegar a um acordo».
«Com boa vontade mútua e sem radicalismos ou pressões, não tenho dúvidas de que temos todas as condições para chegar a um entendimento que respeite os direitos do PNC [pessoal de cabine] e que permita à TAP melhorar o serviço que presta aos seus passageiros. Podem também ser resolvidos alguns problemas que têm surgido e que resultam de diferentes interpretações do que está atualmente escrito no Acordo de Empresa», defende.
«O papel dos sindicatos é merecedor de respeito, mas o nosso futuro depende da capacidade que todos devemos ter para, custe o que custar, levar o diálogo às últimas consequências, chegando a acordos que não comprometam nem o presente nem o futuro da TAP», afirma o gestor.
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