O Governo espanhol criticou esta sexta-feira a descida de rating da dívida de Espanha pela Standard & Poor`s (S&P), considerando que a análise não reflete todo o ajuste em curso no país nem a disciplina orçamental imposta pelo executivo.
«A S&P não reconhece a totalidade do ajuste que se vai realizar», disse o secretário de Estado da Economia, Fernando Jiménez Latorre, reagindo à decisão anunciada pela S&P de baixar o rating de Espanha em dois níveis, para BBB+, com perspetiva negativa.
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Num encontro com os jornalistas em que analisou os últimos dados do desemprego hoje conhecidos ¿ que atingiu os 24,4 por cento no terceiro trimestre ¿ Latorre afirmou que a S&P mostra preocupação pelas contas das regiões autónomas mas que se fica por uma «análise de curto prazo».
Para o Governo o controlo orçamental imposto às comunidades autónomas e a reforma legal para introduzir disciplina «é contundente e não deveria ser fonte de preocupação».
«O nosso compromisso é absoluto e quando os mercados compreenderem que não há problemas de solvência e que se pode fazer face ao pagamento da dívida e às suas obrigações financeiras, assim que compreendam isso, os mercados voltarão a ter confiança», disse.
Em termos macroeconómicos, Latorre disse que a queda da economia no primeiro trimestre ficará aquém dos 0,4 por cento estimados pelo Banco de Espanha no seu último boletim.
Já sobre o desemprego, Latorre antecipa que a taxa atinja este ano um máximo de 25 por cento, explicando que o aumento do desemprego no primeiro trimestre se deveu à redução «importante» no número de ocupados e à «ligeira» queda da população ativa.
A magnitude do desemprego é «evidente», com os dados a demonstrarem a forte queda de atividade iniciada em meados do ano passado, a que se soma um «componente sazonal importante».
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