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Merkozy reagem à ameaça da S&P com «convicção»

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Líderes das maiores economias europeias estão confiantes nas propostas que vão apresentar na próxima cimeira europeia

Notícia actualizada às 10h25 com declarações de Merkel

É uma reacção discreta aquela que parte da Alemanha e de França à ameaça da agência de rating Standard & Poors de baixar a nota máxima de triplo A às duas maiores economias europeias, colocando-as em perspectiva negativa, bem como a outros 13 países europeus.

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«Tómamos conhecimento da perspetiva negativa da Standard & Poors», refere uma declaração conjunta da chanceler alemã, Angela Merkel, e do Presidente francês, Nicolas Sarkozy.

« A Alemanha e a França reafirmam a sua convicção de que as propostas hoje [segunda-feira] apresentadas pelos dois governos sobre a coordenação política, económica e orçamental reforçam a Zona Euro e incrementarão a estabilidade, a concorrência e o crescimento», adianta o documento, citado pela Lusa.

Os líderes das duas grandes potências europeias apresentaram na segunda-feira à tarde, em Paris, um acordo para reforçar a disciplina orçamental dos países da moeda única, a debater na cimeira europeia de quinta e sexta-feira, em Bruxelas, que inclui alterações aos tratados europeus a aprovar até Março.

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Esse compromisso franco-alemão é «a resposta» às dúvidas da Standard and Poor`s, declarou já também o chefe da diplomacia francesa.

«O acordo europeu é a resposta a uma das interrogações mais importante desta agência de rating, que falava de insuficiência da governação económica europeia. Vamos melhorar consideravelmente com a disciplina orçamental», afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Alain Juppé, à rádio RTL. Chegou-se «a um compromisso verdadeiramente decisivo».

Merkel: «Caminho está traçado»

Merkel evitou hoje comentar o alerta da S&P no que toca ao rating alemão, afirmando apenas que as decisões da agência norte-americana «são da sua responsabilidade».

«Pela parte que nos toca, tomaremos na quinta e na sexta-feira as decisões que consideramos indispensáveis para a estabilização da Zona Euro», disse a chanceler, que voltou a sublinhar que a superação da actual crise será um longo processo. «Mas o caminho está traçado, foi traçado ontem» e «vamos continuar a avançar nesse sentido».

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Entretanto, o FMI veio já dizer que o acordo entre Berlim e Paris é «crucial», mas não chega.

Um analista da DIF Broker não tem dúvidas de que a ameaça desta agência de rating é um «aviso» para que a cimeira de sexta-feira seja uma cimeira de decisões, mas a sério.

Risco de recessão na Zona Euro é de 40%

A Standard & Poors justificou a sua decisão com «a dimensão alcançada pelos problemas na Zona Euro, que coloca todos os seus países sob pressão».

A nova avaliação foi ainda motivada pela «acção indecisa e coordenada dos políticos». Depois, «há o risco de a Zona Euro no seu conjunto entrar em recessão no próximo ano», avaliado em 40%.

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