A greve de várias empresas do sector dos transportes, que começa às 00h00 de terça-feira, deverá causar algumas dificuldades aos passageiros dos transportes públicos, uma vez que, em muitos casos, não existirão transportes alternativos.
CP: greve conta com 80% de adesão
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Os trabalhadores da CP, CP Carga, Refer, Transtejo, Fertagus, Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), Metro de Mirandela e Carris estarão em greve durante 24 horas.
A greve visa contestar o congelamento dos salários, o bloqueamento da contratação colectiva e a intenção do Governo de privatizar a CP, a CP Carga e a EMEF.
A paralisação deverá provocar algumas dificuldades aos passageiros, uma vez que algumas empresas não vão disponibilizar transportes alternativos.
A porta-voz da CP, Ana Portela, disse que terça-feira «será um dia complicado», uma vez que «não foram decretados serviços mínimos de qualquer espécie, com excepção para os comboios internacionais, escreve a Lusa.
Barcos parados
Ana Portela disse que a CP tentou disponibilizar transportes alternativos para os serviços urbanos de Lisboa e do Porto, mas «tal não foi possível porque como a greve se estende ao sector dos transportes, também não há autocarros disponíveis».
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Sem alternativa estarão também os passageiros da Transtejo, tendo a empresa apelado para que os passageiros evitem concentrações nos terminais.
No caso das ligações fluviais, o pré-aviso de greve abrange as horas de ponta da manhã e da tarde, tendo a empresa definido a existência de serviços mínimo, embora admita que estes possam não ser assegurados.
A Fertagus, que assegura o comboio da Ponte 25 de Abril, diz ter reunidas «todas as condições, quer humanas quer materiais, para o normal funcionamento da sua actividade».
No entanto, a empresa admite, em comunicado, que «a greve na Refer poderá perturbar a circulação dos comboios».
Só Metropolitano de Lisboa pode ajudar
A Carris acredita que a paralisação deverá ter uma fraca adesão, disse o secretário-geral da empresa, salientando que estão previstas oito carreiras que vão assegurar os serviços mínimos.
Assim, durante a greve vão circular as carreiras 60 (Cemitério Ajuda - Martim Moniz), 108 (Galinheiras - Campo Grande), 706 (Est. Santa Apolónia - Terreiro do Paço), 738 (Quinta dos Barros - Alto de Santo Amaro), 742 (Casalinho da Ajuda - Bairro Madre Deus), 751 (Estação Campolide - Linda-a-Velha), 758 (Cais do Sodré - Portas de Benfica) e 781 (Cais do Sodré - Prior Velho). A Carris vai assegurar também o funcionamento do transporte exclusivo de deficientes e dos postos médicos.
O Metropolitano de Lisboa, que não estará em greve, não vai fazer qualquer reforço durante a greve.
«A circulação vai processar-se de modo normal», avançou fonte oficial explicando que nas horas de ponta o metro já circula praticamente na sua capacidade máxima.
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